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O vereador de Itamaracá, Edielson Beserra Lins (MDB), foi preso em flagrante nesta quarta-feira, 17 de janeiro, acusado de racismo e homofobia.
De acordo com a Polícia Civil, Edielson enviou áudios com ofensas contra uma pessoa durante uma discussão num grupo de WhatsApp.
“Você é uma mulher se passando por homem. Isso aí todo mundo, em Itamaracá, que você é uma mulher. […] Você é maloqueiro e, além do mais, você é ‘viado’. Você é ‘viado’, você dá o ‘caneco’. Isso aí a gente sabe, que você é conhecido como menino de ouro”, disse Lins num dos áudios, aos quais a TV Globo teve acesso.
Como o crime de racismo é inafiançável, o parlamentar foi conduzido para audiência de custódia. A defesa de Edielson afirmou que houve troca de insultos entre as partes.
Segundo o delegado responsável pelo caso, Gilmar Rodrigues, os xingamentos começaram depois que a vítima afirmou que o vereador já havia sido preso anteriormente.
O parlamentar foi denunciado em 2022 pelo Ministério Público por homicídio qualificado após colidir com um motociclista.
“Por conta disso, o vereador passou a ofender a vítima com injúria homofóbica e racista, com palavras de baixo calão, ofendendo a sua dignidade. Foram muito ofensivas as suas palavras, o que levou a vítima a ser ridicularizada”, disse o delegado.
O advogado Severino Cirino, que representa Edielson, disse que a troca de ofensas não teve a intenção de atingir a honra da vítima, e que existe um áudio muito comprometedor.
“Um ficou ofendendo o outro. Inclusive, tem um áudio muito comprometedor aqui, em que ele faz diversas ofensas ao vereador. E vice-versa. Mas o vereador nunca teve a intenção de atingir a sua honra”, informou Cirino.