Um dos maiores “dribles” na política foi dado em Pernambuco, mais especificamente na cidade do Cabo de Santo Agostinho. Recordo-me que nas eleições de 2020 por lá, na reta final das eleições e tudo se encaminhando para o hoje Deputado Estadual Lula Cabral ser reeleito, alguns candidatos a prefeito se juntaram para formar uma única candidatura que não sabemos porque cargas d’água escolheram o Kéko do Armazém para ser o prefeito desse consórcio que loteou a prefeitura do Cabo em várias sub prefeituras por meio de secretarias.
Saíram pela cidade do Cabo todos os candidatos do tal consórcio espalhando fakes news sobre o candidato Lula Cabral, uma delas foi que o mesmo não seria candidato, que se ganhasse não poderia assumir e tantas outras mentiras por lá contadas. Além disso, todos eles saíram pela cidade dizendo que iria empregar todo mundo, como se cada um fosse ter uma prefeitura diferente, dentro do mesmo município para administrar.
O Kéko do Armazém, certo de uma boa articulação e acreditando que estava fazendo história, na verdade, não sabia ele que, ao mesmo tempo que vencia, estava sendo o maior derrotado e o verdadeiro vitorioso estava sendo uma pessoa de dentro desse consórcio de prefeitos. No consórcio os “Gomes”, que já não possuia nem mais espaço político na cidade, tanto que saiu do Cabo, para o município vizinho de Jabotão dos Guararapes, e sabendo que não venceria de jeito algum as eleições em terras cabenses, o Gomes topou fazer parte do consórcio visando outros interesses, afinal foi o Gomes que teve a maior vantagem nessas negociações de “lotear” a prefeitura do Cabo de Santo Agostinho. Ficaram com a vice-prefeitura e com a presidência da Câmara de vereadores, ambos possuem comando de duas pessoas que todo vida foram “Gomes”, além da Secretária de Educação do Cabo através de seu filho um ex-deputado entre outras funções.
Uma verdadeira “pechincha política”, não tinha nada, não seria nada e saiu com tudo isso, e claro, usou e usa tudo isso para trabalhar sua volta em Jaboatão dos Guararapes, como foi feito e continua sendo feito, basicamente as “forças” inexpressivas na política do Cabo, patrocinada pelo governo do Kéko do Armazém, ontem, hoje e sempre trabalhando com força total para eleger o Gomes, no Cabo? Claro que não, em Jaboatão dos Guararapes.
Tudo isso prova que em momento algum o povo cabense estava nos planos de ninguém desse consórcio de candidatos a prefeito, no meio do caminho um pediu para ir embora, a de saúde foi e não volto mais, o Kéko não fez nada para o povo do Cabo, é reclamação da falta de médico, medicamentos, lixos nas ruas, canais obstruídos, etc. O outro que foi ex prefeito e está no consórcio nada disse, nada fez e nem fará, mas a todo tempo e a todo vapor é certo dizer que a prefeitura do Cabo trabalhou esse tempo todo nesses setores para promover a volta do Gomes em Jaboatão, pois sabiam todo tempo que no Cabo o “Gomes” não entra mais e por isso não faria nem sentido, alguém achar que o Gomes estaria preocupado com as dores da população do Cabo de Santo Agostinho, sabendo também que, terminado o governo desastroso do Kéko do Armazém e o Gomes ganhando Jaboatão, todos que fazem parte do consórcio por parte do Gomes terá seu lugar garantido em Jaboatão dos Guararapes.
Por isso, e outras tantas questões, o maior vencedor das eleições de 2020 na cidade do Cabo nunca foi o Kéko do Armazém, ele apenas foi induzido a acreditar nisso, tanto que hoje amarga quase 80% de rejeição do povo do Cabo e em Jaboatão a “campanha” do Gomes segue de vento em polpa, patrocinado, legalmente, pela cidade do Cabo de Santo Agostinho que vive o pior momento da sua história em termo de administração pública. Mas cabe a pergunta que não quer calar: Gomes “ganhando” Jaboatão dos Guararapes, ele chamará o pior prefeito da história do Cabo (segundo pesquisas) para compor seu governo? O povo de Jaboatão irá permitir isso? Vamos todos, aguardar para ver os próximos capítulos dessa história.
Por Carllos Nascimento