A Prefeitura do Recife, por meio da Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb), está executando serviços de recuperação e reforço estrutural da Ponte Joaquim Cardozo e da passarela metálica para pedestres anexada à estrutura. O equipamento liga o bairro dos Coelhos à Ilha Joana Bezerra e ao bairro de São José. O investimento total é de R$ 7,1 milhões e a recuperação está com percentual de aproximadamente 44% de avanço físico. A previsão de término da obra é para o final de abril do próximo ano. Na manhã desta terça-feira (22), o prefeito João Campos visitou o local para acompanhar a execução do serviço.
“A requalificação das pontes do Recife é uma questão de segurança, algo que tem que ser feito. Além da Ponte Joaquim Cardozo, estamos trabalhando na Ponte Princesa Isabel, na Ponte Giratória e vamos começar na Joana Bezerra também. Temos um plano permanente de investimento nas pontes e viadutos da cidade e, como eu sempre digo, precisamos ter pelo menos uma ponte em obra, eleita por critério de risco, porque se a gente não fizer, infelizmente, vamos descobrir o problema quando acontecer alguma coisa mais grave. Então, temos um critério técnico e começamos as obras por aquelas que têm um indicativo prioritário pela equipe de infraestrutura”, afirmou o prefeito.
Construída no ano de 2000, a Ponte/viaduto Joaquim Cardozo possui estrutura de concreto, tendo uma extensão total de aproximadamente 257 m, sendo constituída por um total de sete vãos. O trecho em viaduto, localizado nas extremidades da ponte, possui extensão de aproximadamente 61 m, formada por dois vãos por extremidade. Já o trecho central, a ponte sobre o rio Capibaribe, tem extensão em torno de 135 m com três vãos.
A ponte/viaduto é formada por sete tabuleiros com largura total de 15,4m e uma passarela metálica anexa na lateral para travessia de pedestres com 6 m de largura. Existem quatro faixas de rolamentos, duas no sentido dos Coelhos e duas no sentido do bairro Joana Bezerra/São José, limitadas ao centro por barreiras de concreto e tendo também guarda corpo nas extremidades em concreto.
“Estamos executando um conjunto de serviços de engenharia voltados para a recuperação e reforço estrutural dos blocos e pilares da ponte rodoviária e da passarela metálica. Com isso, a gente passa a restabelecer as condições de estado limite de serviço para as quais as estruturas foram projetadas”, explicou Marília Dantas, secretária de Infraestrutura do município.
Em vistoria realizada em 2019, foram identificadas diversas patologias na estrutura da ponte, com destaque para o fissuramento, rachaduras horizontais em todo o perímetro dos blocos localizados no leito do rio. Nos pilares foi constatado fissuramento longitudinal e transversal, acompanhado de deslocamento do concreto, que possivelmente decorre do desgaste natural ao longo do tempo, agravado pela ação constante de fogo, devido à queima de materiais realizada pelas pessoas. Diante deste cenário, a manutenção prevista para a ponte abrange um conjunto de serviços de engenharia voltados para a recuperação e reforço estrutural dos blocos e pilares da ponte rodoviária e da passarela metálica, passando a restabelecer as condições às quais as estruturas foram projetadas.