O Porto de Suape está prestes a dar um salto rumo ao futuro. Entre o Cabo de Santo Agostinho e Ipojuca, um dos maiores motores econômicos de Pernambuco inicia uma nova fase com a construção de um terminal de contêineres inovador. Com investimento de R$ 1,6 bilhão e previsão de funcionamento para 2026, o projeto promete movimentar até 400 mil TEUs por ano em sua fase inicial — ou Unidade Equivalente a Vinte Pés, que corresponde a contêineres com cerca de 6 metros de comprimento, usados como padrão internacional para medir a capacidade de transporte de cargas.
Mais do que números, o terminal marca uma virada estratégica. Ele será o primeiro da América Latina a operar com 100% de eletricidade, unindo eficiência e sustentabilidade. Além de reduzir significativamente as emissões de CO₂, a iniciativa deve otimizar custos e tornar Suape mais competitivo no cenário internacional. Durante as obras, cerca de 500 empregos diretos e 2 mil indiretos serão criados, fortalecendo a economia e trazendo novas oportunidades para a região.
Suape opera com capacidade para 600 mil TEUs por ano, mas a chegada do novo terminal pode elevar esse número para 1 milhão. Isso significa um porto preparado para competir de igual para igual com os maiores do Brasil e consolidar Pernambuco como uma potência logística no Nordeste.
A conexão com a Transnordestina — que ligará o Sertão ao porto — é outro fator que promete dobrar o volume de cargas movimentadas. Suape não está apenas se modernizando; está se reposicionando no mercado global, de onde vinha perdendo espaço para outros portos, como Pecém e Santos.
Mais do que uma obra de infraestrutura, o novo terminal é um motor para o crescimento econômico de Pernambuco. A movimentação de cargas será ampliada, permitindo que o Estado atraia mais empresas e investimentos internacionais. O aumento da capacidade de operação torna Suape mais eficiente e reduz custos logísticos, beneficiando diretamente setores como o agronegócio, a indústria e o comércio.
Além disso, o impacto no mercado de trabalho é significativo. Durante a construção, 500 empregos diretos e 2 mil indiretos serão gerados, mas os benefícios vão além da fase inicial. Com o terminal em operação, Pernambuco terá maior capacidade de exportar seus produtos e importar insumos com agilidade, criando um ambiente favorável para novos negócios e o fortalecimento de cadeias produtivas locais. Os reflexos também chegam ao comércio e serviços das cidades vizinhas, que se beneficiam do aumento do fluxo de pessoas e empresas na região. Desde hotéis até pequenos empreendedores, o impacto econômico se espalha e ajuda a dinamizar a economia local.
Esse é o tipo de investimento que coloca Pernambuco em um novo patamar, mostrando que infraestrutura moderna e visão estratégica são capazes de transformar um porto em um centro global de negócios e um verdadeiro motor para o desenvolvimento estadual.
Da redação do Radar Metropolitano com informações do Mercatus