Após mais de 60 dias do primeiro turno das eleições municipais, a Justiça finalizou os processos que deixaram três municípios de Pernambuco sem prefeitos eleitos por questões jurídicas. Apenas uma das 184 cidades do estado permaneceu sem gestor definido após as decisões judiciais.
Nos municípios de Cabo de Santo Agostinho, Joaquim Nabuco e Goiana, os processos envolviam rejeição de contas e excesso de mandatos consecutivos. Em Goiana, a última cidade a ter seu caso resolvido, o atual prefeito Eduardo Honório teve seu registro de candidatura indeferido pela Justiça na quarta-feira (6). Embora tenha sido o mais votado, com 41.605 votos (78,16%), ele não poderá ser empossado, pois já cumpriu dois mandatos consecutivos, o que é proibido pela legislação. A eleição foi anulada, e o município terá uma eleição suplementar, ainda sem data definida. Até lá, o presidente da Câmara Municipal assumirá interinamente a prefeitura.
No Cabo de Santo Agostinho, Lula Cabral (Solidariedade), o candidato mais votado, também enfrentou um impasse inicial, sendo considerado inelegível devido à rejeição de suas contas em 2017. No entanto, em 29 de outubro, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) validou sua candidatura, permitindo sua posse em 1º de janeiro de 2025. Cabral recebeu 60.103 votos (46,64%) e derrotou o atual prefeito Keko do Armazém (PP). O ministro Kássio Nunes Marques entendeu que a rejeição das contas de Cabral não seguiu o procedimento adequado, pois o Tribunal de Contas do Estado não havia previamente analisado as irregularidades.
Em Joaquim Nabuco, na Mata Sul, a mais votada, Márcia Barreto (PSDB), teve a candidatura impugnada por improbidade administrativa, mas o Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) acatou seu recurso em 22 de outubro, permitindo sua posse em 1º de janeiro de 2025. Ela recebeu 6.404 votos (52,35%).
Da redação do Radar Metropolitano com inforamções do JC