
Em assembleia-geral realizada na manhã desta terça-feira (7), no Clube Português do Recife, os professores e professoras da rede municipal de ensino aprovaram, por unanimidade, a deflagração da greve da categoria. A decisão foi tomada após semanas de impasse com a Prefeitura do Recife e a ausência de avanço nas negociações salariais.
Os profissionais da educação estavam em estado de greve desde o dia 10 de abril. Entre as principais reivindicações estão o cumprimento integral da Lei do Piso Salarial Nacional do Magistério, a valorização da carreira docente e a reparação das perdas salariais acumuladas nos últimos anos.
De acordo com o Sindicato Municipal dos Professores (SIMPERE), a última rodada de negociação, realizada na segunda-feira (6), terminou sem que a gestão do prefeito João Campos apresentasse qualquer proposta considerada minimamente aceitável pela categoria. Para os educadores, o impasse demonstra “descaso” e “falta de compromisso” da administração municipal com a valorização da educação pública.
A deflagração da greve representa a intensificação da mobilização dos profissionais, que prometem realizar atos públicos, aulas de rua e atividades de conscientização junto à população. O movimento afirma que não reivindica apenas reajuste salarial, mas também respeito às condições de trabalho e o cumprimento da legislação federal.
“Estamos lutando por um direito garantido por lei. Não é aumento, é cumprimento do piso. A educação pública do Recife está sendo negligenciada, e essa greve é um grito por respeito aos trabalhadores e ao futuro das nossas crianças”, afirmou um representante do sindicato durante a assembleia.
A Secretaria de Educação do Recife ainda não se pronunciou oficialmente sobre a decisão da categoria até o momento desta publicação.