
O Tribunal de Contas do Estado de Pernambuco (TCE-PE) aplicou multas ao atual secretário de Educação, Gilson Monteiro, e ao ex-secretário da pasta, Alexandre Schneider, em decisão relacionada a processos que apuram irregularidades na gestão educacional do Estado.
De acordo com o relatório do órgão, as penalidades estão ligadas a falhas administrativas identificadas em contratos e procedimentos internos da Secretaria de Educação, referentes a períodos distintos de gestão. O TCE destacou que as sanções decorrem do descumprimento de recomendações técnicas e da ausência de justificativas consideradas adequadas para determinados gastos.
O atual secretário, Gilson Monteiro, que assumiu o cargo em substituição a Schneider, também foi citado e multado pelo Tribunal por atos de gestão sob sua responsabilidade. O valor das multas e os detalhes do processo ainda não foram oficialmente divulgados pelo órgão, mas o julgamento já transitou em decisão colegiada.
O ex-secretário Alexandre Schneider, que deixou o Governo recentemente, havia se despedido com uma carta endereçada à governadora, na qual afirmou que “há valores que são inegociáveis”, frase interpretada como um recado político sobre divergências internas na condução da pasta. Schneider é reconhecido nacionalmente por sua trajetória na área educacional, tendo atuado anteriormente na rede municipal de São Paulo.
A Secretaria de Educação de Pernambuco ainda não se pronunciou oficialmente sobre as multas. Procurado, o TCE informou que as decisões fazem parte de um conjunto de auditorias rotineiras voltadas ao controle e à transparência dos recursos públicos aplicados na área da educação.
O caso reacende o debate sobre a gestão de políticas educacionais no Estado e o rigor do controle externo sobre os contratos firmados pela administração pública.