Se tudo der certo, hoje, dia 24 de abril, Eduardo da Fonte, presidente do (PP) em Pernambuco, terá um encontro importante que norteará o que o partido, através dele, irá buscar nas próximas eleições municipais do próximo ano de 2024.
Ao que tudo indica e segundo o presidente do partido, o Progressista lançará candidato nas principais cidades da Região Metropolitana, Recife, Cabo de Santo Agostinho, Ipojuca, Jaboatão dos Guararapes, Olinda, e provavelmente outras tantas cidades mais distantes da capital.
Dessas falas surge a pergunta: quem seriam esses candidatos? Em Recife, provavelmente teremos uma disputa entre João Campos (PSB) X Clarissa Tércio (PP), no caso de Ipojuca Cleiton Collins, está sendo incentivado a disputar a cadeira executiva, em Olinda o vice-prefeito Márcio Botelho (PP), em Jaboatão dos Guararapes ele fará uma surpresa, e no Cabo de Santo Agostinho deve arriscar em Clayton Marques (Keko do Armazém), que era bolsonarista e logo após as eleições nacionais se desligou estranhamente do partido do ex-presidente Bolsonaro. Clayton Marques (Keko do Armazém), hoje sem partido, deve se filiar à sigla progressista, lembrando que no Cabo, o atual gestor tem uma altíssima rejeição do povo de lá a sua gestão, por isso Eduardo da Fonte deve repensar esse nome ou investir muito para melhorar um pouco a rejeição do Kêko e tentar alguma mudança de pensamento do povo, ou seja, seria uma aposta que requer muito de Eduardo da Fonte e de sua legenda, o PP.
A matemática do Eduardo é lançar uns 50 candidatos nas próximas eleições municipais, conhecendo de longe o deputado, com certeza será mais, pois esse projeto nitidamente mira o Estado de Pernambuco em um futuro próximo, ele e sua sigla precisará dessa força visando a eleição posterior a Estadual, que ele provavelmente disputará. Tudo isso nada mais é que estratégia de números por habitantes de cada cidade que ele consiga ter êxito em suas apostas, mas lembro aqui que, não adianta ter tanta gente e toda essa gente ser ou se tornar um gestor ou gestora ruim para o povo das cidades que ele visa ter candidatura.
Em Ipojuca, por exemplo, um nome que vem se destacando muito é o Presidente da Câmara Municipal, Deoclécio Lira, com cheiro de povo, conhece o povo e os problemas da cidade, cabe a pergunta: será que o povo ipojucano trocaria alguém que conhece e domina os assuntos da cidade por uma simples aposta de uma sigla partidária?
No município do Cabo, Kêko tem alta rejeição do povo. Quem vem tem popularidade, na verdade, nunca deixou de ser popular por lá, o hoje Deputado Estadual Lula Cabral, que assim como Deoclécio Lira está para Ipojuca, Lula Cabral está para cidade do Cabo de Santo Agostinho, ou seja, conhece a cidade, o povo, domina gestão pública, tem história com os cabenses. E os munícipes da terra das belas praias não vivem uma boa história de mudança, pesquisas mostram isso, pela pior gestão já vista na cidade, feita por Kêko do Armazém, que Eduardo da Fonte considera investir, em quanto o povo do Cabo não quer nem assunto com a possível reeleição do atual prefeito.
Mas claro, Eduardo da Fonte tem um grande espaço no cenário da política do estado e nacional, já está se articulando, ontem o PP estava com Bolsonaro, “hoje” viajando com o presidente Lula e vida que segue, política é arte de negociar, mas a grande dificuldade desses políticos não só de Pernambuco, é trazer o povo para dentro dessas negociações ou tornar no mínimo essas negociações mais transparentes. Veja o exemplo na cidade do Cabo, o governo que ainda “ontem” era Bolsanaro, encontra-se no governo Petista do Presidente Lula, e “hoje” todos negam Bolsonaro, acabou o “dinheiro” acabou o “amor”.
A expectativa é o que o PT também tenha seus candidatos em algumas cidades estratégicas, principalmente na capital pernambucana, Recife, que deverá ser a Federal Tereza Leitão ou mesmo o João Paulo, hoje deputado estadual.
Bem, a política é muita dinâmica como sabemos, hoje quem está forte, amanhã pode está mais fraco e vice-versa, as negociações mudam conforme os acordos geralmente definidos bem distante do povo, em salas fechadas com três ou quatro componentes na mesa, por isso, como sempre digo: “muitas águas ainda vão passar por baixo dessa ponte”.
É esperar o que será da reunião de hoje, e usando uma frase de um dos maiores gênios do futebol, Mané Garrincha: ‘Ho Eduardo da Fonte’: o senhor já combinou (essa jogada) com os russos?
Por: Carllos Nascimento