A cidade do Cabo de Santo Agostinho vive uma situação no mínimo diferente na política pernambucana.
Para o leitor entender: Nas eleições municipais passadas no Cabo foi feito um acordo entre alguns candidatos a prefeito e o atual prefeito de lá, o Kêko do Armazém. E num acordo onde a prefeitura do Cabo foi “loteada”, ou seja, cada candidato que entregasse sua candidatura “ganharia” uma secretaria, e esse acordo se deu em razão de terem percebido que naquele momento das eleições todas as pesquisas mostravam que o hoje Deputado Lula Cabral seria reeleito.
Mas esse tal acordo não considerou duas situações tecnicamente simples: a primeira e já a mais importante, o povo do Cabo não foi chamado para esse acordo onde a prefeitura do Cabo seria “loteada” entre aqueles candidatos, e o povo de fora tudo apontava que não iria dar certo, como não deu.
A outra questão, é que, com a prefeitura com vários “sub prefeitos”, o prefeito oficial do TRE, o Kêko, ficou sem autonomia de comando, pois seus secretários agora “quase” prefeitos, não ajudam. E além de não ajudar o atrapalham, o que pode ser proposital, haja vista, eles possuem interesses em também se candidatarem a prefeito nas próximas eleições.
Então o povo do Cabo ficou numa grande “encruzilhada”, faltando medicamentos, médicos, professores, os guardas-municipais insatisfeitos, sem políticas públicas, desnorte e desmando numa gestão, onde parece que todo mundo manda e, ao mesmo tempo, todos fingem que o Kêko é prefeito apenas para manter a boa convivência. E junto a isso, o seu “aliado”, o hoje Deputado Estadual Jeferson Timóteo, já demonstra interesse também em disputar a cadeira. Só que agora o Deputado Timóteo tem apoio e relação estreita com o Eduardo da Fonte, presidente do PP, que ao que se diz, já falou no reservado que quer ele pra disputar no Cabo, já que o Kêko do Armazém tem um altíssimo índice de rejeição na cidade, além disso, pesquisas apontam uma diferença considerável em favor do maior oposicionista, Lula Cabral.
Então ficou muito difícil administrar a cidade do Cabo, todos os secretários “fingindo” que o Kêko manda, o Kêko acreditando, e, ao mesmo tempo, todos querendo a cadeira do prefeito, e o povo que não tem nada a ver com acordo nenhum sofrem, por faltarem as políticas públicas básicas de uma administração pública.
Além de não contar com a ajuda de seus secretários, o Kêko ainda precisa lhe dá com situações vergonhosas, como, por exemplo, o caso do “kit da banana-verde”, esse kit tratava de um lanche para as crianças da rede municipal de ensino, onde tinha uma banana-verde, e foram muitas bananas, muitos foram os protestos dos pais dos alunos, e o prefeito ficou conhecido como “o prefeito da banana-verde”. Além de opositores, provarem que o valor desse kit estava muito acima do preço praticado no mercado.
Hoje Kêko é um prefeito vaiado em eventos, e aqueles que o afagam podem ser os mesmos que o apedrejam, haja vista parecem que todos ao redor do Kêko querem sua cadeira, fora aqueles que já correram para Jaboatão dos Guararapes.
Tudo isso torna o Kêko do Armazém presente na prefeitura, mas ausente para seus aliados que já torcem e desejam que ele não venham a reeleição, e esses felizes por dentro a cada vaia que o Kêko vem colecionando.
E assim segue a vida no Cabo, vamos acompanhar e ver como vai se portar e que fim isso terá.
Carllos Nascimento