Como acompanhamos o atual prefeito do Cabo de Santo Agostinho, Keko do Armazém, amarga uma rejeição de quase 70% do povo da cidade, aqui vale lembrar que o mesmo ganhou as eleições em razão de se juntar a ele outros candidatos a prefeito, que trocaram suas candidaturas por secretarias ofertadas pelo Keko, ou seja, um loteamento da prefeitura do Cabo, que não deu certo. Pois cada “lote” se transformou numa sub prefeitura, tirando do prefeito autonomia e poder de decisão, ou seja, cada um remando o barco para lados diferentes.
Com secretários totalmente descompromissados com o povo e mais ainda com o prefeito, esses não desenvolveram suas atividades como deveriam, alguns até atendendo de forma péssima aos munícipes, outros apenas fazendo caixa, de forma lícita, para disputar eleições em Jaboatão dos Guararapes, de forma que era cada um por si.
Esse conjunto de coisas e a falta de atendimento básico com o povo, fizeram o governo, que já começou desnorteado, agora praticamente paralisar a cidade, mesmo sendo a quarta ou quinta economia do Estado de Pernambuco.
Assim, já desgastado pelos seus próprios secretários, e por ele mesmo, o prefeito Keko do Armazém anunciou uma reforma administrativa que deixou os envolvidos com a política do Cabo na expectativa de que algo muito sério teria decidido.
Mas ao anunciar os nomes o que se percebeu foi que a reforma administrativa é, na verdade, uma reforma protetiva ao próprio prefeito, e essa tal reforma segue basicamente três vertentes: a primeira, se reconciliar com alguns “amigos”, que até se diziam secretário, mas não eram nomeados, ou seja, fazer afagos para desencargo de consciência; a segunda, alto proteger-se. De que forma? Nomeando pessoas supostamente queridas na sociedade cabense, na ideia dele, assim ele ficar por trás dessas pessoas, acreditando que as críticas sobre seu governo de quase 70% de rejeição diminuam.
E a terceira e a mais importante, “correr” e diminuir a alta rejeição para dar satisfação ao presidente do Partido Progressista (PP), Eduardo da Fonte, afinal com quase 70% de rejeição, Da Fonte não vai querer lançar ninguém com esse número tão negativo, ou seja, o povo do Cabo não está contemplado nesta reforma.
Duas situações chamam a atenção nos contemplados, por exemplo, um dos nomes, dias antes escreveu para um blog, ligado aos “Gomes”, fazendo sua crítica nada construtiva, ao ex Prefeito e hoje Deputado Estadual Lula Cabral, dias depois foi contemplado com uma secretaria na prefeitura do Keko, já em outra situação é que um dos nomes foi candidato a prefeito na época que os outros se juntaram para “lotear” a prefeitura do Cabo em favor do Keko, e esse naquela eleição não se entregou, mas agora não resistiu, ou seja, mas um que trocou sua candidatura a prefeito, embora tardiamente, para o consórcio que hoje administra a cidade do Cabo.
Ao que parece é que os critérios que qualificam uma pessoa para exercer cargos na gestão, seja como coordenador, gerente, secretário, é simplesmente ser contra o ex prefeito e hoje Deputado Estadual Lula Cabral.
Enquanto isso, o outro que saiu recentemente diz que não se arrepende de ter se juntado nas eleições passadas ao Keko, que pode se candidatar novamente e que dessa vez não vai mais “trocar” sua candidatura por secretaria, será mesmo?
O que sabe-se é que essa tal reforma administrativa gerou revolta na própria gestão e as oposições a gestão municipal entendeu que a reforma trocou seis por meia dúzia, ou seja, trocou sem fazer qualquer diferença.
Por: Carllos Nascimento