A vereadora Aline Mariano (PSB) ocupou a tribuna da Câmara Municipal nesta segunda-feira (27) para tratar de uma situação que teria ocorrido durante um evento promovido pela Prefeitura do Recife na terça-feira (21) para marcar o início das obras de pavimentação e drenagem em uma rua no bairro da Várzea. Segundo a parlamentar, ela teria recebido mensagens intimidatórias antes do evento na rua Coronel Pacheco e tido o seu pronunciamento no local turbado por uma “claque plantada”.
“Acredito piamente em um regime democrático. Todo e qualquer agente público pode receber elogios e críticas. Faz parte do jogo da democracia”, disse Mariano na tribuna. “Mas o que aconteceu na última terça-feira no bairro da Várzea ultrapassou todos os limites do bom senso, porque não foi um protesto natural. [Mas] pessoas que foram plantadas na rua Coronel Pacheco, no bairro da Várzea, para xingar, ofender a mim e a minha dignidade pessoal. Eu tenho vários vídeos que comprovam o que eu estou falando”.
“Venha, que a senhora vai ver”; “estamos te esperando”; “quero ver se tem coragem”; e “a Várzea tem dono” teriam sido algumas das mensagens recebidas pela vereadora em seu celular. Já durante o evento, de acordo com ela, um membro do grupo que teria sido “orquestrado para coagir, amedrontar, atrapalhar o anúncio” teria tentado intimidá-la com gestos obscenos.
“Sou mulher, sou parlamentar e tenho uma história de serviços prestados em todos os bairros desta cidade. O Recife me conhece”, afirmou. “Tudo desagua na vontade de oprimir. Mas, se eu tivesse medo, eu teria escolhido uma outra função”.
Em seu discurso, Aline Mariano mencionou que teria identificado uma das pessoas envolvidas no fato como um assessor parlamentar do vereador Davi Muniz (PSD). Presente no plenário, o vereador pediu direito de resposta. “Se meu assessor tratou mal alguém aqui, pode procurar os seus direitos”.