Na política moderna é necessário o político entender que as estratégias mudaram, certos ataques não surtem mais tanto efeito, entender e trabalhar redes sociais, e ter ciência de que certas articulações no passado ficaram e nos de hoje não funcionará. Até aí tudo bem, todos estão acompanhando isso.
Mas tem algo que me chama atenção. É algo que foi nosso debate, mas cada vez mais se intensifica.
Nos grupos políticos existem pessoas com boas ideias, mas por não terem nunca ocupado um cargo “grande” ou não serem de classe social elevada, sempre são colocadas num patamar da insignificância no próprio grupo o qual faz parte e outra coisa é: que dentro do grupo político os adversários são mais respeitados que os próprios aliados.
Vamos entender?
Geralmente ao ter um grupo político a ideia básica é conservar quem já está e articular a vinda de outros, mas o que se ver em alguns casos são componentes de grupo político ignorando quem já está e dando respeito e admiração para os antigos adversários que antes era contra aquele grupo. É uma estratégia? É só ironia? Seja como for, não tem como as pessoas de um grupo político lerem textos e ouviram áudios de componentes do seu grupo político dizendo no “privado” do adversário que este terá lugar garantido quando um determinado candidato ganhar.
Fica confuso na cabeça de apoiadores sérios, fiéis e responsáveis, essas “negociações” totalmente fora de hora, e sempre dando atenção e “respeito” ao adversário. Não faz sentido algum em ano eleitoral componentes de um determinado grupo político está em encontros muitas vezes secretos com adversários, dando a eles uma oportunidade num governo onde se quer as convenções partidárias aconteceram.
Será que é melhor ser adversário?
Outra situação é a questão das ideias, muitas pessoas inteligentes no grupo político são tratados com total desdém por parte do seu grupo. Ideias boas, estratégia boas, mas de que nada servem, porque essa pessoa nunca esteve em cargo de destaque, o que faz muitas vezes pessoas do grupo nestas condições de cargo e riqueza se colocarem no patamar da total insignificância, sempre sendo ignoradas, isoladas e muitas vezes por dizerem sempre a verdade, essa pessoa é cancelada no grupo. Muitas vezes é muito mais importante o que diz um adversário, por esses e outros tantos motivos pessoas boas se afastam da política e dos políticos, e isso não “culpa” do candidato, na maioria das vezes são pessoas que circulam o candidato, fazem uma certa “blindagem” e o candidato fica sem saber nem o porquê aquelas pessoas se afastaram dele ou dela.
Toda eleição existem essas situações e esse é mais um ano eleitoral e já estão acontecendo situações na Região Metropolitana de pessoas prometendo cargo aos adversários, ou que irá procurar aquele adversário para fazer parte de um novo governo. Será que essa pessoa tem autorização do candidato? Geralmente não. Mas para essas pessoas é melhor amar os adversários que os aliados, tem coisas nesse mundo da política que nem a própria política entende.
O certo é que esse “amor” aos adversários e esse ignorar das pessoas do grupo político, repito, aliados de boas ideias, não ajuda em nada no caminhar do projeto, confundi quem tá no grupo e faz as pessoas ignoradas ficarem desestimuladas a batalha que em um futuro muito breve inicia oficialmente, mas até lá, seguirá essas situações estranhas que confundi até cientistas políticos.
Por: Carllos Nascimento