O Banco do Nordeste (BNB) participou, nesta quinta-feira, 11, em São Paulo, do Seminário Infraestrutura e Desenvolvimento do Nordeste. Realizado na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI/SP), o evento, que contou com a presença do ministro de Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho, foi realizado pela Editora Globo e Jornal Valor Econômico, com apoio do BNB, e teve o objetivo de apresentar as oportunidades de investimentos em projetos de infraestrutura em toda área de atuação do Banco, bem como seus impactos econômicos, sociais e ambientais.
O presidente do BNB, Paulo Câmara, ressaltou que o Nordeste tem crescido mais que o Brasil nos últimos anos. Os estudos mostram que essa trajetória permanecerá, pois a Região tem muitas oportunidades, sendo a que mais gera energia limpa, possui o maior número de portos, é referência na produção agrícola, além de ser destaque nacional em turismo.
“O Governo Federal tem investido fortemente em infraestrutura por meio novo PAC. Cerca de 40% dos recursos foram destinados para a Região Nordeste, com projetos para portos, aeroportos, rodovias, ferrovias, conectividade, saneamento e energia. Contem com o BNB, pois estamos otimizando nossos processos, sendo mais ágeis, menos burocráticos, inovador e atento aos investimentos que estão surgindo. Todos os esforços conjuntos resultarão numa maior geração de empregos em toda a nossa área de atuação, que também inclui parte dos estados de Minas Gerais e Espírito Santo”, destacou Paulo Câmara.
A expansão da infraestrutura no Brasil também foi reforçada pelo ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho. “O Nordeste brasileiro é parte da solução do Brasil. Quanto mais o Nordeste cresce, mais a indústria do Sudeste cresce e isso vai animando a cadeia produtiva, Somos um grande mercado consumidor e os investimentos do Governo Federal na Região irão estimular esse crescimento. Iremos investir nos próximos três anos mais de R$ 2,5 bilhões em portos. E em relação aos aeroportos, o Nordeste terá a requalificação de 22 novas unidades em breve”, ressaltou o ministro.
O Seminário foi dividido em dois painéis: “Infraestrutura e Crescimento Econômico”, que contou com apresentações e debates com o presidente do BNB, Paulo Câmara, o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho, e o presidente da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (ABDIB), Venilton Tadini. E “Competitividade e Desenvolvimento Sustentável”, que teve a participação do diretor de Planejamento do BNB, Aldemir Freire, a presidente da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico, Verônica Sanchez da Cruz Rios, o superintendente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Wagner Cardoso, o vice-presidente de Relações Institucionais da Aegea Saneamento, Rogério Tavares, e o diretor de Gestão de Parcerias da Companhia de Água e Esgoto do Ceará, Luciano Arruda.
A principal fonte de recursos para o financiamento de projetos de infraestrutura é o Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE), mas o BNB também busca captações de recursos junto a bancos multilaterais, exemplo da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD) e New Development Bank (NDB).
Com mais recursos disponíveis, o Banco pretende ampliar o grande número de demandas por crédito que recebe. O BNB contratou, por exemplo, R$ 35,1 bilhões para energia limpa entre 2018 e 2023, sendo R$ 20,9 bilhões para projetos de energia eólica e R$ 14,2 bilhões para solar. Projetos de transmissão e distribuição receberam R$ 12,5 bilhões nesse período.
Outro setor que aumentou a procura junto ao BNB é o do saneamento básico. Nos últimos cinco anos foram R$ 5,62 bilhões investidos em projetos dessa natureza. Empresas do segmento estão buscando, cada vez mais, o Banco do Nordeste devido os juros oferecidos estarem entre os mais baixos do mercado e os prazos de pagamento mais longos em relação aos oferecidos por outras instituições financeiras.