
Se uma imagem vale mais do que mil palavras, Suape já provou que mesmo sendo o protagonista de uma história de mais de quarenta anos é capaz de inovar, evoluir e surpreender. Inserido no conceito de um porto-indústria com dimensão nacional, reposicionou-se no mercado, estreou nova identidade visual e renovou compromissos com o futuro.
Os detalhes do rebranding foram apresentados nesta segunda-feira (22), no Recife, em evento que reuniu a governadora Raquel Lyra, a vice-governadora Priscila Krause, secretários de estado, parlamentares, empresários, jornalistas, especialistas do setor e influenciadores.
“É um movimento de reposicionamento estratégico que vai além do nosso Estado — é voltado também para o Brasil e para o mundo. O Porto de Suape construiu uma história linda ao longo de seus 46 anos de existência, mas agora vivemos um novo momento, marcado pela chegada de investimentos estruturadores, como a dragagem do canal externo, do canal interno, da requalificação do molhe de proteção, novo terminal de contêineres e de aportes importantes, como a retomada da Refinaria Abreu e Lima, com investimentos da ordem de R$ 8 bilhões”, afirmou a governadora Raquel Lyra.
Paulo Sales, presidente do Conselho de Administração de Suape, também fez referência a grandiosidade do porto. “Não estamos lançando apenas a nova marca de um porto. É um novo posicionamento estratégico, um chamamento à ação. A gente espera levar essa mensagem, mostrar a grandiosidade do complexo. Isso vai trazer um grande orgulho aos pernambucanos”.
O diretor-presidente do Complexo Industrial Portuário de Suape, Armando Monteiro Bisneto, ausente do evento em consequência de um quadro viral, foi representado pelo diretor de Desenvolvimento e Gestão Portuária, Rinaldo Lira, que levou a mensagem do gestor.
“É a primeira vez na história da estatal que é realizado um estudo de rebranding. Isso significa mais do que mudar cores, traços e símbolos na logomarca de Suape. A empresa se reposiciona no mercado como uma base de atração de negócios, desenvolvimento sustentável, inovação e transição energética. Sempre com respeito ao meio ambiente e responsabilidade social”, destacou Rinaldo, em nome de Armando Bisneto.
O estudo, realizado pela agência Blackninja, consumiu dez meses de trabalho e revisitou Suape desde o seu nascimento, em 1978. Passou pela evolução ao longo do tempo, transitou pela consolidação do complexo como base de transformação econômica na região, avaliou o potencial dos concorrentes e antigos e novos desafios. Fez, ainda, uma análise de toda a diversidade competitiva, até chegar ao ponto de virada com as conquistas que já estão em fase de implantação e as que estão por vir.
SUAPE, DO BRASIL PARA O MUNDO
Mesmo preservando as suas raízes locais, com a pernambucanidade fortalecida na identidade visual, o porto-indústria projeta-se para dimensões maiores, com a pujança de um empreendimento em constante movimento. Repercutindo a força de um conglomerado que já soma 90 empresas, mais de 25 mil trabalhadores e R$ 74,5 bilhões em investimentos privados. Que fala, imponente, do Brasil para o mundo.

O novo conceito reflete a evolução de Suape ao longo de 46 anos, passando de um projeto local e regional, conquistando o status de política de governo, até atingir o plano nacional com sua capacidade de construir pontes com os diversos mercados.
A nova identidade visual, assinada pela designer e ilustradora pernambucana Bel Andrade Lima, reflete tudo isso. Inova nas formas, ressurgindo moderna, colorida e completamente renovada.
O sol da bandeira do estado, que agora compõe a nova marca, traz a vibração, a força do povo pernambucano, além de simbolizar a potência de um importante polo de desenvolvimento, com uma base sólida de geração de emprego e renda.
SIMBOLOGIA DAS CORES
As cores da logomarca também mudaram. Sai de cena o tradicional verde – que acompanhou Suape desde o surgimento – e entra predominantemente o azul, na mesma tonalidade da bandeira de Pernambuco. Representação da diversidade do ecossistema e a sintonia da empresa com portos mundo afora. Indica, ainda, que existe no porto um imponente e movimentado centro de chegadas e de partidas.
Quem acessar as redes sociais, site ou mesmo fizer uma visita presencial ao centro administrativo de Suape – que teve toda a sua área de recepção no térreo já transformada com a nova identidade visual – vai poder conhecer em detalhes a nova marca. A transição nos meios eletrônicos aconteceu simultaneamente ao anúncio oficial.
EVOLUÇÃO E CONQUISTAS
Na mensagem enviada aos presentes ao evento, o diretor-presidente traçou um cenário otimista e avaliou o momento como mais um grande marco para Suape, coincidindo com o início de diversas transformações no complexo. “Estamos em uma fase dinâmica, proativa, avançando em questões importantes, rumo à consolidação de grandes negócios.”
No discurso, também houve destaque para obras estruturadoras, como a dragagem do canal interno, já iniciada com investimentos de R$ 217 milhões, em parceria com o governo federal, e que vai elevar a infraestrutura de Suape para um patamar diferenciado. Com essas intervenções, Suape passa a ter o maior calado operacional para navios de contêineres entre os portos públicos brasileiros e o segundo maior do país para granéis líquidos.
Depois de seis meses de obras, a profundidade vai chegar a 16,2 metros no porto interno, viabilizando a chegada de gigantes do mar, como os navios com 366 metros em sua capacidade máxima de carga.
Potencializa, ainda, as condições de funcionamento dos dois terminais de contêineres. O Tecon Suape e o APM Terminals, esse em fase de implantação com R$ 1,6 bilhão em investimentos na primeira etapa.
Além da dragagem, Suape acumula outras conquistas. Só nos últimos cinco meses, abriu novas conexões com a Ásia, atraiu um hotel, foi destaque nacional em inovação, garantiu a licença ambiental para a European Energy construir a sua primeira fábrica de e-metanol no complexo, além de homologar o contrato com a empresa GoVerde, que vai investir R$ 2 bilhões também no segmento da transição energética.
Atraiu, ainda, outros R$ 155 milhões para a base de granéis líquidos. O polo farmacoquímico também está fortalecido. O Aché Laboratórios Farmacêuticos anunciou, há poucos dias, a expansão de sua fábrica instalada em Suape. O projeto prevê investimentos de R$ 267 milhões para ampliar a capacidade produtiva da unidade, que já soma mais de 3 mil empregos diretos e indiretos.
Desde o funcionamento da unidade, o Aché já produziu mais de 529 milhões de medicamentos com investimento de R$ 800 milhões até 2024. Com a nova planta, o montante aplicado na unidade pernambucana vai totalizar R$ 1.067 bilhão.
Já a Blau Farmacêutica também está em tratativas avançadas para implantar uma fábrica no complexo. O investimento é de cerca R$ 1 bilhão e o empreendimento vai gerar 1.400 vagas de trabalho. Outro grande projeto que avança é a Zona de Processamento de Exportação (ZPE), além de negociações para atrair cargas do agronegócio.