
Prefeitos do Cabo e Goiana, duas cidades importantes de Pernambuco, estão com suas candidaturas impugnadas pela Justiça Eleitoral pelo mesmo motivo. Ambos eram vices, assumiram a titularidade por um tempo e foram eleitos prefeitos em 2020. Portanto, na avaliação da Justiça Eleitoral, não podem concorrer neste ano, já que uma pessoa só pode exercer cargos executivos por oito anos consecutivos.
Um dos casos envolve Keko do Armazém (PP), gestor do Cabo. Ele comandou o município por um ano, entre 2018 e 2019, quando Lula Cabral estava afastado da prefeitura. Lula retornou à Prefeitura, os dois romperam e Keko ganhou a eleição há quatro anos. O atual prefeito está recorrendo da decisão sob a alegação de que em 2020 ele não estava no cargo de prefeito e, portanto, não chega à soma dos nove anos consecutivos.
Na mesma situação está Eduardo Honório (UB), que era vice em Goiana e substituiu Oswaldo Rabelo Filho, que se afastou para tratamento de saúde. O mandato “interino” foi de 2017 a 2020. Eduardo concorreu para prefeito exercendo o cargo de prefeito e, por isso, o pleno do TRE entendeu que ele não pode ser candidato novamente. Se vencesse a disputa novamente, acumularia 12 anos como titular no Executivo.
O prefeito de Goiana disse que ainda não foi notificado e que mantém a campanha nas ruas. Até porque pode recorrer da decisão. “Respeito as instituições, o processo democrático e acredito que o pedido se trata de um equívoco. Aguardarei a devida intimação para apresentar minha defesa perante à Justiça, onde esclarecerei todos os pontos necessários”, avisou Eduardo Honório.