Na tarde desta quarta-feira (25), a candidata à prefeitura do Recife, Dani Portela (PSOL/ Rede, participou de uma sabatina para o canal do Youtube Pernambuco na TV – Programa Espaço Político. A entrevista foi conduzida pelo comunicador Fernando Chalegre. Na ocasião, Dani respondeu sobre diversos temas ligados à administração da cidade e falou sobre as suas propostas voltadas para a área da saúde, pessoas com deficiência e neurodiversidade. “Nas minhas andanças, o tema saúde aparece em todos os territórios como o grande gargalo. É de responsabilidade do município a atenção básica à saúde. Então, é necessário investir na prevenção para que as pessoas não cheguem doentes na unidade de atendimento de média e alta complexidade.”, informou Dani.
Dani Portela (PSOL/ Rede) falou que apenas ampliar os horários de atendimento das unidades não tem sido suficiente, como vem acontecendo na atual gestão. “Ampliou horário, mas não ampliou acesso. Porque antes a pessoa tinha atendimento a qualquer hora. Hoje, existe um sistema de rodízio, por exemplo, no horário da manhã são atendidos os bairros A, B e C e à tarde, D, E e F. É como se precisasse marcar hora para adoecer. Então nós precisamos ampliar de fato este atendimento. Uma reclamação que ouvi recentemente, foi de uma usuária do SUS falando que até conseguiu ser atendida por um médico, mas o resultado do exame de sangue levou três meses para sair o resultado. Precisamos sair desse gargalo, aumentando de fato o atendimento em sua amplitude.”, destacou.
A candidata ainda citou a situação das pessoas com deficiência. Ele destacou que precisamos pensar na saúde de pessoas prioritárias. “Quando falamos que Recife precisa diminuir a desigualdade, precisamos pensar em políticas de saúde específicas para população com deficiência e neurodiversidade. Muitas mães atípicas, de crianças autistas, por exemplo, levam de três a quatro anos para receberem o diagnóstico dos seus filhos. Existem hoje na rede municipal poucos médicos especializados, como neurologistas e neuropediatras. Então, esse é um enorme obstáculo na saúde do Recife”, explicou Dani Portela (PSOL/ Rede).
Dani aproveitou o tema saúde para destacar algumas dificuldades encontradas pela população surda da cidade. “Para a população surda, a acessibilidade é comunicacional. Imagina a pessoa surda precisando de um atendimento de urgência médica e encontra uma enorme dificuldade para se comunicar, porque não existe intérprete de Libras nos UPAS. Sendo que Libras é a segunda língua oficial do nosso país. Precisamos ampliar, contratar mais intérpretes nos serviços de saúde e também nas escolas. Deveriam existir salas de aulas bilíngues, para ouvintes e não ouvintes.”, finalizou a candidata.