Nesta quarta (28), a candidata à prefeitura do Recife, Dani Portela (PSOL/ Rede), esteve presente no debate sobre “Candidatura de Mulheres Negras nas Eleições 2024 – Desafios e Perspectivas”. A conversa aconteceu na Associação Espaço Mulher, no bairro de Passarinho. O evento reuniu lideranças femininas, mulheres da comunidade e candidatas à Câmara Municipal da coligação PSOL/Rede. A candidata Dani Portela falou sobre a importância de ter duas mulheres negras disputando a cidade do Recife. “Nós, mulheres, somos maioria da população do Recife, mas somos minorias nos espaços de decisão. Recife nunca teve uma prefeita e por isso, agora, a gente lança não só uma, mas duas mulheres negras. Porque a gente compreende que é uma chamada à responsabilidade. E ainda mais, é uma reparação histórica para a maioria desse povo que está cansado de olhar para a atual fotografia da cidade e não se ver nela.” destacou a candidata.
Dani destacou que a sua candidatura à prefeitura é uma retomada do poder popular. “A constituição já diz, “Todo poder emana do povo”. Então, nós devemos decidir para onde vai o dinheiro. O Recife que aparece nas redes sociais parece perfeito, mas quem vive nas periferias sabe a realidade. A gente precisa fazer alternância de poder. Precisamos fazer com que Recife não se torne a segunda capital mais desigual do país. Essa desigualdade de classe social, ricos e pobres, de gênero, homens e mulheres e de raça. A gente só vai mudar essa cara do Recife quando a caneta mudar de mãos”. Na ocasião, Dani Portela foi entrevistada por duas emissoras locais de televisão – Globo Nordeste e TV Guararapes/ Record, onde ela falou sobre a importância de ter uma chapa de mulheres negras como candidatas à prefeitura do Recife.
O Grupo Espaço Mulher foi fundado em 1999, na comunidade do Passarinho, no Recife, e tornou-se referência como espaço de expressão política e de luta feminina Um lugar de acolhimento, de solidariedade, de denúncias e de cuidado para a comunidade como um todo. “As mulheres passarinhas”, como são popularmente conhecidas, cantam sua luta e resistência que inspiram a construção da justiça e do bem viver das mulheres. Principalmente das mulheres negras. Foi um momento para falar sobre o feminismo popular antirracista e o fazer política.