
Na manhã desta quarta-feira (17), o deputado estadual Diogo Moraes (PSDB) participou de uma audiência pública com a secretária estadual de Saúde, Zilda Cavalcanti, realizada na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe). A reunião, convocada pelo deputado Antônio Coelho (União Brasil), reuniu diversos parlamentares para discutir desafios e avanços necessários na saúde pública do Estado.
Durante sua fala, Moraes fez cobranças firmes sobre pontos do programa de governo da governadora Raquel Lyra que, segundo ele, ainda não saíram do papel, impactando diretamente a qualidade dos serviços de saúde em Pernambuco. Entre os temas, destacou a criação do Centro Oncológico do Sertão, promessa feita pela gestão estadual. “O programa de governo fala em criação, e agora a secretária diz que será em forma de credenciamento das redes. E até agora, quem fica sem o serviço é a população”, afirmou o parlamentar, ressaltando a frustração de quem ainda aguarda um serviço especializado e de qualidade na área oncológica.
O deputado também cobrou a implantação do aplicativo Saúde PE, anunciado como ferramenta para facilitar o agendamento de consultas e exames. “Esse instrumento poderia simplificar o acesso da população aos serviços de saúde, mas até o momento não temos qualquer notícia da sua implementação”, destacou. Moraes ainda reforçou a necessidade de investir em tecnologia para modernizar o sistema estadual. “É necessário intensificar o uso da telemedicina e da inteligência artificial para aperfeiçoar os serviços de saúde. Coisas simples que poderiam ser feitas, que estão no programa de governo, mas que não são realizadas. Não estou inventando, está dentro do plano apresentado pela própria gestão”, criticou.
Ele citou ainda o cenário das filas para marcação de exames e atendimentos, que, segundo ele, continuam se acumulando e dificultando o acesso da população aos serviços básicos de saúde.
Por fim, Diogo Moraes chamou atenção para dados da Organização Nacional de Acreditação (ONA), com base em informações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que classificam Pernambuco como o 7º estado brasileiro com mais erros na assistência à saúde, incluindo falhas no atendimento e evasão de pacientes. “Como o monitoramento da qualidade da prestação de serviços está sendo executado com vistas a mitigar este problema no âmbito da rede estadual de saúde e garantir a segurança do paciente, e quais indicadores de qualidade estão sendo utilizados para acompanhar a melhoria nesses dois anos e nove meses de gestão com relação a possíveis erros na assistência à saúde? É dever do governo garantir dignidade, segurança e qualidade no atendimento a todos os pernambucanos”, finalizou.