
Na manhã desta terça-feira (6), o Edifício Kátia Melo, localizado na Rua Joaquim Marques de Jesus, no bairro de Piedade, em Jaboatão dos Guararapes, desabou por completo. O prédio já havia sido interditado pela Defesa Civil no domingo (5), após moradores relatarem o surgimento de rachaduras e outras anomalias estruturais observadas ao longo do fim de semana.
Graças à rápida atuação das autoridades, todos os moradores haviam sido retirados do local ainda na segunda-feira (5), levando apenas objetos essenciais. A evacuação ocorreu após vistoria técnica da Defesa Civil, que identificou risco iminente de colapso na estrutura do edifício, classificado como uma construção do tipo “caixão” técnica comum nas décadas passadas, mas hoje considerada de alto risco quando não passa por manutenções adequadas.
Não há registro de feridos ou desaparecidos. Imagens que circulam nas redes sociais mostram os escombros instáveis do prédio, com parte da estrutura ainda de pé, momentos após o desabamento.
O Edifício Kátia Melo é mais um da série de construções com problemas estruturais registrados na Região Metropolitana do Recife, em especial no bairro de Piedade, que nos últimos anos tem acumulado casos de desabamentos e evacuações de prédios com risco de ruína. Em 2023, outros três edifícios do tipo caixão foram desocupados na mesma região.
A Defesa Civil de Jaboatão dos Guararapes informou que segue monitorando imóveis no entorno e reforça que os moradores que identificarem sinais como rachaduras, estalos, afundamento de pisos ou portas emperradas devem entrar em contato imediato pelo telefone 0800 281 8531.
Ainda não há informações oficiais sobre a responsabilidade pela situação do edifício nem se o prédio possuía manutenção ou acompanhamento técnico nos últimos anos. A prefeitura de Jaboatão e o Ministério Público de Pernambuco devem acompanhar o caso.
O episódio acende novamente o alerta para a necessidade de políticas públicas mais efetivas de fiscalização, recuperação ou demolição preventiva de edificações antigas, especialmente em áreas com histórico de negligência estrutural.