
Com o retorno às aulas em diversas regiões do Brasil nesta segunda-feira (31), a discussão sobre o impacto negativo do início das aulas muito cedo nos estudantes voltou à tona. Esse tema tem sido objeto de estudo por cientistas ao longo dos anos.
Com isso, as principais evidências apontam que uma noite mal dormida prejudica a presença e o desempenho dos alunos nas aulas, acarretando problemas educacionais.
Recentemente, um estudo publicado na revista Nature Human Behaviour em março deste ano abordou essa questão e concluiu que aulas com início antes das 9h prejudicam o sono dos estudantes. Os pesquisadores adotaram três métodos para investigar o problema.
Primeiramente, analisaram o nível de conexão ao wifi de um campus universitário para observar os índices de presença de 23 mil estudantes. Os cursos que começavam às 8h apresentaram cerca de 10% menos acessos em comparação com as aulas que iniciavam às 9h, indicando que os alunos têm mais dificuldade de acompanhar os horários mais cedo.
Além disso, os autores do estudo analisaram a duração do sono diurno e noturno dos alunos. Como resultado, constataram que as aulas que começavam cedo estavam associadas a mais sonecas durante as aulas, e esses mesmos estudantes também dormiam menos à noite.
Da redação do Radar Metropolitano com informações da Folha de S. Paulo.