
Você já ouviu aquele ditado: “Quem não sabe para onde vai, qualquer caminho serve”? Pois é. Se ele fosse colado na porta de algumas escolas por aí, ia explicar muita coisa. Mas calma, não estamos aqui para apontar dedos. Estamos aqui para entender como transformar a gestão escolar em algo menos “bombeiro apagando incêndio” e mais “jogador de xadrez pensando três lances à frente”.
Liderar é mais que mandar
Liderar uma escola não é gritar mais alto, nem bater ponto em três reuniões por dia. Liderar é inspirar, planejar, ouvir, ajustar a rota… e continuar sorrindo mesmo quando o projetor pifa no meio da apresentação para os pais.
Ser líder na educação exige visão estratégica e, principalmente, entender que o protagonista da história não é a planilha — é o estudante.
Pergunta rápida pra você que lidera ou quer liderar:
Você sabe onde sua escola quer estar daqui a dois anos? E como vai chegar lá?
Se respondeu “não sei”, respira fundo. Ainda dá tempo de virar esse jogo.
A gestão estratégica é o GPS da escola
Sabe aquele gestor que acorda com um monte de decisões para tomar e termina o dia apagando incêndios no WhatsApp da coordenação? Esse é o retrato de uma escola sem gestão estratégica.
Ter estratégia não é luxo, é sobrevivência.
É saber onde investir tempo, energia e orçamento. É priorizar ações que mudam a vida real do aluno e da comunidade escolar, e não só preencher relatórios bonitinhos para o sistema.
Dica de ouro: Um bom planejamento estratégico responde a três perguntas simples (mas profundas):
Onde estamos?
Onde queremos chegar?
O que precisamos fazer — de forma realista — para sair do ponto A e chegar ao ponto B?
Liderança com cérebro e coração
Liderar na educação é equilibrar razão e emoção. É saber ler indicadores, mas também saber quando oferecer um abraço (ou um café bem forte) pra professora que teve um dia difícil.
É cobrar resultados, sim — mas com empatia e escuta ativa.
E sabe o segredo dos grandes líderes escolares? Eles não fazem tudo sozinhos. Delegam, confiam e formam times que jogam juntos (e não só grupos que dividem o mesmo e-mail institucional).
E se tudo der errado?
Não se desespere. Todo líder estratégico já errou feio em algum momento. Já mandou e-mail incompleto, já confundiu datas de conselho escolar, já esqueceu de imprimir aquele relatório no dia da visita da Secretaria…
Errar faz parte. Persistir no improviso, não.
Bora conversar?
E você? Qual foi o maior desafio que já enfrentou como líder escolar? Ou qual mudança estratégica você sonha em implantar na sua escola, mas ainda não sabe por onde começar?
Educar é um ato de coragem, mas liderar estrategicamente é transformar essa coragem em caminho, com propósito, bússola e coração.
Janaína Bezerra
Professora
Analista em Gestão
Gerente de Ensino