Na sessão desta terça-feira (18) na Câmara Municipal do Recife, o vereador Gilson Filho (PL) apresentou um requerimento solicitando que a Prefeitura do Recife convoque os candidatos aprovados no concurso público e na seleção pública para a Secretaria de Saúde do município. O pedido de Gilson Filho tem como foco a recomposição do quadro de Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Agentes de Combate às Endemias (ASACE), devido à urgência da situação.
No entanto, a votação do requerimento foi adiada após o vereador Chico Kiko (PSB) pedir vista do documento, frustrando os concurseiros que compareceram ao plenário em busca de respostas. A decisão causou revolta entre os aprovados, que estão há meses aguardando uma posição da prefeitura e enfrentando dificuldades para conseguir reuniões com representantes da Secretaria de Saúde. Segundo os concurseiros, há pelo menos oito vacâncias na pasta devido a exonerações, óbitos e aposentadorias, e esses cargos ainda não foram preenchidos, mesmo com a homologação do concurso realizada em 25 de maio de 2024.
Para Gilson Filho, o pedido de vista foi uma manobra política para adiar uma resposta que já deveria ter sido dada há muito tempo. “É um absurdo o que o vereador fez com eles. Estou indignado por isso, e acredito que eles muito mais. Isso só mostra que a política importa mais do que a vida dos recifenses”, declarou Gilson.
O vereador também destacou que a atitude de Chico Kiko demonstra um boicote à oposição, já que ele, sendo membro do PSB, pediu vista do requerimento apresentado pelo PL sem justificativa plausível. “Os concurseiros vieram aqui para obter uma resposta e foram ignorados mais uma vez. O pedido de vista apenas protela algo que já deveria ter sido resolvido. Essas pessoas precisam trabalhar, e a cidade precisa desses profissionais”, afirmou Gilson.
Agora, os concurseiros terão que esperar mais uma semana para que o requerimento volte à pauta e seja votado. A expectativa é que a prefeitura e os vereadores da base governista se sensibilizem com a urgência da situação e aprovem a indicação para garantir a convocação dos aprovados o quanto antes. Enquanto isso, os candidatos seguem na incerteza, sem respostas concretas e dependendo de decisões políticas que, segundo eles, estão acima das necessidades reais da população recifense.
