
No plenário da Câmara Municipal do Recife, nesta terça-feira (28), o vereador Gilson Machado Filho (PL) relatou que mais de R$ 650 mil destinados à compra de medicamentos básicos, como insulina e dipirona, permanecem travados por burocracias impostas pela Prefeitura.
O parlamentar explicou que a emenda de R$ 100.022,00, solicitada por ele no início do mandato, foi destinada pelo deputado estadual Coronel Alberto Feitosa (PL). Somando-se a outras duas emendas, de outros deputados, uma de R$ 200 mil e outra de R$ 350 mil, o total chega a R$ 650.022,00, valor que poderia abastecer as unidades de saúde e aliviar o sofrimento de milhares de recifenses.
Segundo Gilson Filho, apesar do recurso estar garantido pelo Estado, a Secretaria de Saúde do Recife não enviou a documentação exigida pelo Núcleo de Gestão das Emendas Parlamentares Estaduais (NUGEP), criando um impasse que impede a liberação do dinheiro, podendo fazer com que o município perca o recurso. A Portaria SES/PE nº 047, de 14 de janeiro de 2025, determinou o dia 31 de outubro de 2025 como prazo final para que os municípios encaminhem os documentos, prazo que se aproxima rapidamente.
“Tenho andado pela cidade de ponta a ponta e ouço sempre o mesmo desabafo: ‘Vereador, não tem remédio na farmácia, nem mesmo dipirona e insulina”, contou Gilson. “Enquanto a Prefeitura não age, o povo sofre, sai das unidades de saúde de mãos vazias. Isso é descaso, é negligência com a vida das pessoas”, completou.
O vereador reforçou que a situação evidencia falta de prioridade da gestão municipal para com a população, que depende do SUS para tratamentos essenciais. “O prefeito parece desconhecer essa realidade. Enquanto os hospitais particulares estão sempre abastecidos, o povo que ele governa enfrenta fila de madrugada e dor para conseguir um simples medicamento”, afirmou.



