
O ex-ministro do Turismo e ex-candidato ao Senado por Pernambuco, Gilson Machado Neto, divulgou uma nota oficial nesta sexta-feira (14) após ter a prisão preventiva decretada na quinta-feira (13). Em sua manifestação pública, Gilson se diz inocente e classifica a decisão judicial como injusta e desproporcional.
“Diante da decretação da minha prisão preventiva nesta quinta-feira (13), venho a público reafirmar minha total inocência. Não cometi crime algum. Não matei, não roubei, não trafiquei drogas. O que fiz foi apenas pedir informações sobre a renovação do passaporte do meu pai, um senhor de 85 anos”, declarou o ex-ministro.
Segundo a defesa, Gilson Machado está sendo acusado de influência indevida junto a servidores públicos de representações diplomáticas brasileiras, sob a justificativa de ter solicitado apoio para resolver a renovação do passaporte de seu pai, um idoso com dificuldades de locomoção.
A nota também rebate acusações mais graves:
“É só verificarem as ligações que fiz para o consulado e os áudios que enviei aos funcionários. Eu nunca estive presente em nenhum consulado ou embaixada — nem de Portugal, nem de qualquer outro país — seja no Brasil ou no exterior. Tudo o que fiz foi um gesto de cuidado com meu pai, nada além disso.”
A prisão de Gilson Machado integra uma operação mais ampla da Polícia Federal, que apura possíveis interferências ilegais e uso indevido da estrutura diplomática brasileira por ex-agentes do governo Bolsonaro. O caso vem gerando forte repercussão política, principalmente entre apoiadores do ex-presidente, que denunciam abuso de poder e perseguição ideológica por parte de setores do Judiciário.
A nota foi finalizada com uma declaração de fé:
“A justiça divina tarda, mas não falha.”
Aliado histórico de Jair Bolsonaro, Gilson Machado também já presidiu a Embratur e é conhecido por sua atuação combativa nas redes sociais. Parlamentares conservadores têm saído em sua defesa, alegando que a prisão revela um clima de intimidação e que medidas judiciais estão sendo usadas para calar opositores políticos.
Até o momento, o Supremo Tribunal Federal não se pronunciou oficialmente sobre o conteúdo da nota. O caso segue sob sigilo parcial.