Dom Helder Câmara, o “Dom do Amor”, a “Profecia que se fez Dom”, o “Defensor dos Direitos Humanos”, entre tantos outros títulos, está imortalizado no imaginário popular e na árdua luta em defesa dos pobres e contra a tirania da ditadura militar que solapou a democracia brasileira entre 1964/1985. É um personagem reverenciado pelo povo brasileiro e no exterior, dando nome a bairros, condomínios, ruas e avenidas por todo o país.
Para mergulhar na história do “Dom Divino”, que tal aproveitar um dia de folga ou um fim de semana para conhecer o Instituto Dom Helder Câmara (IDHC), localizado na antiga residência do arcebispo emérito de Olinda e Recife? Reconhecida como casa-museu pelo Instituto Brasileiro de Museus, o prédio anexo à Igreja das Fronteiras, na Rua Henrique Dias, na Boa Vista, proporciona um proveitoso passeio pela trajetória do venerado sacerdote.
Com entrada livre, o IDHC abre de terça a sexta, das 14h às 17h, e domingo, das 9h às 13h. Na quinta (16h) e no domingo (11h), o visitante pode conciliar a visita com as duas missas semanais, respectivamente. São atos litúrgicos bastante procurados por fiéis e vale muito conferir o conjunto da obra. Batinas, cálices, condecorações, óculos, manuscritos, prêmios, títulos e fotografias compõem a mostra. É uma síntese do acervo, com 200 mil escritos pessoais e 18 mil imagens que podem ser acessados pelo portal da Cepe (www.cepe.com.br).
Mil peças estão em exposição, que ocupa o térreo e o primeiro andar da lateral da igreja. Na casa-museu, há os móveis e utensílios usados por dom Helder no tempo que viveu por lá (1968/1999). Escrivaninha, mesa, cadeiras, rede, quadros, esculturas sacras etc. compõem o ambiente. No andar superior, um painel mostra a linha do tempo do religioso, desde o nascimento em Fortaleza (1909/CE) até o dia de sua morte (27/08/1999).
Na sequência, uma sala com várias vitrines expondo batinas, cálices presenteados pelos Papas Paulo VI e João Paulo II, comendas e objetos diversos. No lado externo, um memorial com a escultura do “Dom da Paz” e a Casa de Frei Francisco. Fica a boa dica de nossa história recente. Em tempo: O religioso está sepultado na Catedral da Sé, em Olinda.
Da redação do Radar Metropolitano com informações @coisas_do_recife – André Malagueta