A Secretaria de Saúde do Recife (Sesau) entregou, nesta quarta-feira (31), o Centro de Parto Normal (CPN) da Maternidade Professor Arnaldo Marques, no Ibura, com a presença do prefeito do Recife, João Campos, a vice-prefeita, Isabella de Roldão, a Secretária da Saúde, Luciana Albuquerque e a Secretária da Mulher, Glauce Medeiros. O espaço oferece maior comodidade em um local acolhedor e seguro, respeitando o protagonismo, a autonomia e a privacidade da mulher. Ao todo, foram destinados mais de R$ 1,5 milhão para a ampliação e construção de novas salas. Essa é mais uma ação do programa Recife Cuida, que está proporcionando um investimento de R$ 400 milhões na rede municipal de saúde até 2024.
Durante a inauguração, o prefeito João Campos destacou a importância da equidade de gênero no secretariado e o impacto na realização dos projetos da cidade. “Conseguimos alcançar esse marco de referência com as nossas 4 unidades que realizam partos no Recife, todas elas com cuidados e espaços específicos para os procedimentos. Mas não é apenas a parte da infraestrutura que é importante. Mesmo sendo difícil, eu diria que a obra é a fase mais fácil. O mais importante e simbólico é construir o conceito, uma linha de cuidado para gerar o entendimento de diversas categorias e visões de mundo diferentes e, principalmente, garantir que a recifense e o recifense estejam no centro de nossas atenções”, ressaltou ele.
“Recife é pioneiro no Brasil quando se trata de parto humanizado e, na Maternidade Professor Arnaldo Marques, passamos de uma sala de parto humanizado para 9 suítes com 11 leitos. Para nós, essa inauguração é motivo de grande alegria e satisfação. Reforçamos o protagonismo e a autonomia da mulher na hora do parto, que é sem intervenções cirúrgicas, o que é muito importante para a mãe e para o bebê”, disse a secretária Luciana Albuquerque.
Com o CPN, a Arnaldo Marques, que já é referência em parto normal na rede municipal, além de aumentar de 7 para 11 os leitos de parto, ganhou um centro de pré-parto e nove suítes individuais, sendo uma delas inclusive com banheira para as parturientes. “Também iremos oferecer uma área de convivência onde as mulheres irão dispor de bola, banqueta, cavalinho e barra de alongamento para estimular o trabalho de parto e facilitar o nascimento do bebê”, afirma a gerente geral da policlínica, Erilane Fonseca.
Para garantir o pleno funcionamento do CPN, foram nomeados mais três médicos obstetras plantonistas, 29 enfermeiros obstetras diaristas e plantonistas, quatro psicólogos plantonistas, 14 técnicos de enfermagem e um sanitarista. Com isso, a equipe da policlínica passará de 235 para 282 profissionais de saúde. A unidade passou também por uma requalificação, com a construção de consultórios, sala de observação, posto de enfermagem e sala vermelha do bloco cirúrgico. A estrutura proporciona tecnologia apropriada à assistência a parturientes que necessitem de intervenções e procedimentos cirúrgicos.
Kelly Beatriz Souza está gestante pela segunda vez e escolheu a Maternidade Arnaldo Marques através do relato de sua irmã. “Minha irmã teve duas filhas aqui e falou muito bem do atendimento e do tratamento em geral, das refeições servidas. Então, eu vim para cá e já gosto bastante dos funcionários, que foram muito cuidadosos com minha irmã e, agora, comigo”, disse ela.
A policlínica já oferece serviço de pronto atendimento e assistência à saúde da gestante de risco habitual e recém-nascidos, além de triagem obstétrica, sala de parto normal e procedimentos cirúrgicos, posto de coleta de leite humano e enfermarias de alojamento conjunto.
O CPN da Arnaldo Marques é o quarto da rede municipal de saúde do Recife. Os outros três estão implantados na Maternidade Professor Barros Lima, em Casa Amarela; no Hospital da Mulher do Recife Dra. Mercês Pontes Cunha, no Curado; e na Maternidade Professor Bandeira Filho, em Afogados. Pioneiro no Estado na construção de uma Linha de Cuidado de Saúde da Mulher, o Recife vem investindo em equipes multiprofissionais, vinculação territorial às maternidades e pré-natal e acesso facilitado ao Dispositivo intrauterino (DIU) pós-parto.
Os Centros de Partos Normal contribuem para reduzir a mortalidade materna e perinatal – período que compreende a gravidez, o parto e o puerpério -, oferecendo atendimento humanizado e de baixo intervencionismo para uma melhor assistência ao parto normal. As práticas obstétricas realizadas nestes ambientes respeitam as Diretrizes Nacionais de Assistência ao Parto Normal do Ministério da Saúde, contribuindo também para o respeito à fisiologia, autonomia e privacidade da gestante e família.