
A segurança pública no Cabo de Santo Agostinho chegou a um ponto insustentável. Não é exagero, é realidade. É nas ruas, nos bairros, no comércio e nas casas que o medo se instalou. A criminalidade cresce, a sensação de abandono aumenta, e a população clama por socorro. Diante desse cenário, o prefeito Lula Cabral fez o que se espera de um líder responsável: pediu ajuda.
Ao solicitar à governadora Raquel Lyra que interceda junto ao governo federal para trazer a Força Nacional ao município, Lula reconheceu que a situação ultrapassou os limites da estrutura municipal e até mesmo da capacidade estadual. Essa humildade institucional não é sinal de fraqueza, mas de grandeza. Lula colocou a vida dos cabenses acima de vaidades políticas, agiu com responsabilidade e humanidade.
O que se viu, porém, foi uma negativa seca, fria e política por parte da governadora. Raquel Lyra preferiu dizer “não”. E esse “não”, engana-se quem pensa que foi dirigido ao prefeito. Foi, na verdade, um “não” ao povo do Cabo de Santo Agostinho. Um “não” a quem vive diariamente acuado, à mercê da violência, da insegurança e da ausência do Estado.
A governadora, ao negar a solicitação, se apequenou politicamente. Pensou mais em seus cálculos eleitorais para 2026 do que nas urgências de um povo que precisa de ação, e não de justificativas técnicas ou números manipulados. Porque os dados que Raquel apresenta, tentando mostrar que a violência está sob controle, não se sustentam quando confrontados com a realidade cotidiana. Estatísticas não salvam vidas. A presença do Estado, sim.
Enquanto isso, Lula Cabral segue crescendo. Não apenas politicamente, mas como gestor comprometido com seu povo. Tem recebido apoio de deputados, lideranças locais e do prefeito do Recife, João Campos mostrando que, quando a causa é justa, a solidariedade política se impõe. E Lula não deve recuar. A causa é maior do que ele. É a vida do povo cabense que está em jogo.
A recusa de Raquel será lembrada. E não apenas como um erro administrativo, mas como um tapa simbólico em milhares de cidadãos que esperavam uma atitude à altura da crise. Em 2026, o povo do Cabo, e talvez muitos outros pernambucanos, lembrarão desse silêncio disfarçado de “não”. Um “não” que grita omissão.
Lula agiu. Raquel se escondeu. E a história saberá distinguir quem ficou do lado do povo e quem virou as costas.
Por: Uanderson Melo, jornalista, radialista e teólogo