Quando alguém coloca seu nome para disputar um cargo público através do voto ou mesmo por concurso público, precisa entender que será um servidor público, isso mesmo, público. Não adianta entrar na vida pública a qualquer custo e de qualquer forma, sem ter se quer carinho em atendimento ao público, porque é isso que faz um servidor público.
O que tenho visto são pessoas que fazem concurso público apenas para terem estabilidade financeira sem a menor aptidão em atendimento ao público, são pessoas chatas, antipáticas e sem humor algum, e isso faz o atendimento ao povo ser uma experiência ruim. Esses servidores se tornam pessoas “mecânicas”, seu atendimento as pessoas nas repartições públicas são frios e em alguns casos tratam as pessoas como se elas fossem bichos irracionais.
O mais interessante é que o povo é quem paga o salário dessas pessoas, ou seja, eles tratam mal o próprio patrão, o povo.
Isso acontece também com os chamados cargos comissionados, ou seja, as indicações dos prefeitos e governador, em Pernambuco a Governadora. Pessoas são indicadas pelos seus chefes de executivos e por não ter esse intendimento de atendimento ao público acabam muitas vezes deixando os chefes de executivos em péssimas situações, mas o chefe do executivo precisa ter a postura de tratar essa situação com seriedade.
Vamos usar o exemplo da cidade do Cabo de Santo Agostinho em Pernambuco?
Na gestão do prefeito anterior, o hoje Deputado Estadual, Lula Cabral, existia essa postura de corrigir funcionários que tratavam mal a população de lá do Cabo. Lula, sempre teve essa preocupação de como estavam sendo os atendimentos as pessoas, nos postos de saúde, hospitais, escolas, recepções de secretarias e outras situações, e a postura do Lula Cabral sempre era firme e objetiva, quem tratava o povo mal era transferido se fosse funcionário efetivo (concursado), observando todos os trâmites legais e se fosse comissionado era exoneração, que simples não? E por essa postura e por ser um excelente administrador em gestão pública o povo do Cabo, por meio de pesquisas, definiu que Lula Cabral é o melhor prefeito de todos os tempos que pelo Cabo já passou, em fim, era um período que a cidade era respeitado na Região Metropolitana e tinha prefeito.
Essa postura citada acima, do Lula Cabral, é a postura que todo eleitor sonha ter em um funcionário público, amor ao que fez e respeito a sua gente.
A realidade do Cabo hoje é muito diferente, como todos sabem, a cidade hoje é governada por vários candidatos a prefeito que se juntaram numa única candidatura, a do Kéko do Armazém, e hoje a cidade tem um prefeito com quase 70% de rejeição, fato mostrado em pesquisa recente, devido a uma administração muito ruim, a prefeitura do Cabo deve a empresas terceirizadas, a prefeitura através do chefe do executivo, o Kéko, tenta mais empréstimos junto a Câmara de Vereadores, sem falar dos protestos de vários seguimentos como guarda municipal, professores, agentes de saúde e outros, em fim, é uma gestão reprovada pelo povo e por uma boa parte grande da própria gestão, e agora a gestão reprovadíssima “persegue” os ambulantes nas ruas truculentamente, sem diálogo e sem opção de solução, apenas arrancando as mercadorias dos ambulantes e jogando nos caminhões.
Os funcionários públicos, os quais são nosso tema, há muito tempo não tem mais horário, chega e vai embora a hora que quer, usam carro da prefeitura para ir a motel, para passeio turístico, além disso, caso de munícipe que levou tapa na “cara” em recepção de hospital, ou seja, é um verdadeiro, cada um por si, e não existe a menor preocupação desses agentes com O POVO muito menos com o próprio prefeito Kéko do Armazém, claro que o prefeito não é responsável pela índole e pela formação acadêmica dos seus funcionários, mas ele precisa ser o exemplo, mas o funcionário pensa: “o prefeito não consegue administrar a prefeitura vai mandar em mim?”.
E essa é a triste realidade da cidade do Cabo de Santo Agostinho com um povo maltratado pela gestão e não consegue nem fralda geriátrica numa que é a quinta economia do Estado de Pernambuco, hoje os munícipes do Cabo vivem, ou tentam viver num cenário delicado de gestão pública. “Hoje“, quando a prefeitura do Cabo diz que pagou aos funcionários, eu me pergunto: Qual fornecedor ou prestador de serviço ficou sem receber dessa vez?.
O compositor e cantor baiano, Raul Seixas, que materialmente já não está mais conosco, em uma de suas tantas boas canções, diz: “Nunca se vence uma guerra lutando sozinho, você sabe que a gente precisa entrar em contatos…“.
Quero dizer, esse comportamento de ser funcionário público, ser prefeito ou governador e querer se isolar não dá certo, e a cidade do Cabo hoje é um exemplo a não ser seguido por nenhum administrador público, lá no Cabo cada vez mais, Kéko está sozinho, recentemente os vereadores “aliados” já começaram a ir embora, do tipo: o último que sair apaga a luz.
Mas realmente é difícil para algumas pessoas entenderem que não tem aptidão para serem funcionários públicos e nem que nunca se vence uma guerra lutando sozinho.
Por: Carllos Nascimento