
A intensa movimentação política em Pernambuco tem evidenciado um cenário cada vez mais polarizado entre o prefeito do Recife, João Campos (PSB), e a governadora Raquel Lyra (PSDB). Os ataques simultâneos direcionados ao gestor da capital demonstram não apenas a estratégia da oposição, mas também o desespero do Palácio do Campo das Princesas diante dos números das pesquisas que apontam ampla vantagem de João Campos sobre Raquel Lyra.
Os esforços da governadora para reverter sua baixa popularidade são notórios. Nos bastidores, Raquel tem buscado reunir lideranças políticas de diversas regiões do estado para fortalecer seu grupo. No entanto, a grande falha da atual gestão estadual é não conseguir estabelecer uma conexão efetiva com a população. O sentimento de insatisfação com o governo de Raquel tem se refletido nas pesquisas, enquanto João Campos consolida sua posição com ampla entrega de obras e serviços.
Em meio ao embate, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) trouxe à tona questionamentos sobre a compra de livros pela Prefeitura do Recife. O tema tem sido amplamente utilizado pelos adversários do prefeito como munição política. No entanto, a resposta de João Campos segue uma linha clara: “Enquanto eles atacam, nós mostramos trabalho”. E, de fato, esse tem sido o diferencial do prefeito. A gestão municipal tem se destacado por sua capacidade de execução, seja na requalificação de espaços urbanos, na ampliação da rede de saúde ou na melhoria da educação pública.
Diante desse cenário, a estratégia de Raquel Lyra e seus aliados parece não surtir o efeito desejado. A governadora enfrenta desafios administrativos e políticos, enquanto João Campos se fortalece ao manter o foco no trabalho e na entrega de resultados. O eleitorado, cada vez mais atento, tem mostrado que prefere gestões que falam menos e realizam mais.
Por: Uanderson Melo, jornalista, radialista e teólogo