Cabo de Santo Agostinho, PE – A obra inacabada da rodovia PE-33 tem gerado sérios transtornos para o funcionamento do campus do Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) no Cabo de Santo Agostinho. Com a construção paralisada, alunos e professores enfrentam dificuldades diárias que comprometem a qualidade do ensino e a rotina acadêmica. A falta de interesse e cobrança do prefeito Keko do Armazém para que a governadora Raquel Lyra finalize a obra tem sido amplamente criticada.
Existe uma preocupação com a celeridade do processo de erosão próximo à entrada do campus. Tanto o prédio do IFPE quanto o da Universidade Rural de Pernambuco (UFRPE) foram construídos em cima de um morro, mas não há obras de infraestrutura de drenagem urbana. Isso significa que, no período de chuva, a água da superfície começa a escorrer por uma encosta, corroendo o solo e formando uma grande voçoroca.
Fontes ligadas ao IFPE informaram que, no espaço de um ano, o volume da voçoroca aumentou de 9 mil m³ para 14 mil m³ de terra perdida.
Devido às condições precárias da PE-33, o campus do IFPE foi provisoriamente transferido para a Faculdade de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas do Cabo de Santo Agostinho (Fachuca), o que tem gerado uma série de desafios logísticos e acadêmicos.
- Dificuldade de Acesso: A precariedade da estrada dificulta o acesso ao campus provisório, aumentando o tempo de deslocamento e os custos de transporte para estudantes e professores.
- Infraestrutura Inadequada: A sede provisória na Fachuca não dispõe da mesma infraestrutura que o campus original, afetando a qualidade das aulas e das atividades acadêmicas.
Reclamações de Professores e Alunos
A comunidade acadêmica expressou sua frustração com a morosidade das obras e a falta de ação por parte da administração municipal:
- Professores: Enfrentam dificuldades logísticas e pedagógicas, impactando negativamente o processo de ensino. “A situação é insustentável. Precisamos de condições adequadas para trabalhar e oferecer um ensino de qualidade aos nossos alunos”, afirmou um professor do IFPE.
- Alunos: Relatam aumento no tempo e nos custos de deslocamento, além de dificuldades com a infraestrutura provisória. “Estamos sendo prejudicados diariamente. É essencial que a obra seja concluída para que possamos estudar em um ambiente apropriado”, disse um estudante.
A insatisfação crescente resultou em protestos organizados por estudantes, professores e moradores locais. Recentemente, houve uma manifestação em frente à prefeitura, exigindo ações imediatas para concluir a obra da PE-33. Placas e faixas criticavam a administração municipal e a falta de pressão sobre a governadora Raquel Lyra.
O prefeito Keko do Armazém tem sido alvo de críticas por não cobrar de forma eficaz a conclusão da obra:
- Inércia Administrativa: A ausência de medidas concretas e de uma postura proativa tem gerado descontentamento. Moradores e a comunidade acadêmica acusam o prefeito de negligência e falta de compromisso.
- Pressão Insuficiente: Até agora, a administração municipal não apresentou um plano claro para resolver o problema, alimentando a sensação de abandono e descaso.