A Petrobras ampliará as operações da Refinaria Suape (Abreu e Lima) (Rnest), em Pernambuco. Após a conclusão das obras, esperada para o quarto trimestre de 2024, a refinaria terá um aumento na capacidade total de processamento de sua unidade dos atuais 115 mil barris de petróleo por dia (bpd) para 130 mil bpd.
“A modernização é estratégica para a Petrobras e para o país, pois viabilizará o incremento da oferta de diesel para o mercado brasileiro a partir de 2025”, disse a estatal em nota, sem citar valor de investimento.
A Rnest, que estava à venda na gestão anterior da Petrobras, não encontrou interessados. Por isso, ainda em 2022, a estatal havia anunciado planos para retomar a construção de uma segunda unidade como forma de torná-la mais atrativa aos investidores. Porém, a ideia de vender a unidade já foi descartada pelo novo governo.
A construção de uma segunda unidade de refino tinha investimento estimado em US$ 1 bilhão e com capacidade de produzir 145 mil barris de diesel por dia. A construção de uma segunda unidade foi interrompida após os casos de corrupção revelados pela Operração Lava-Jato, da Polícia Federal.
Semana passada, O GLOBO revelou que a Petrobras iniciou plano de ampliação da capacidade de suas refinarias. As discussões do novo plano de negócios envolvem a construção de unidades específicas para produzir o diesel 100% renovável (o diesel verde) também na Rnest.
Também faz parte dos planos do diesel verde o Gaslub (antigo Comperj), em Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio, que será rebatizado e poderá incluir uma unidade para produzir petroquímicos de segunda geração, como polipropileno, matéria-prima do plástico.
No Gaslub e na Rnest, a ideia é usar o hidrogênio gerado no tratamento do gás natural para processar o diesel a partir do óleo vegetal. Segundo cálculos, haveria uma economia entre US$ 500 milhões a US$ 800 milhões sem necessidade de construir uma unidade de produção de hidrogênio.
Além disso, outro pilar da Petrobras na área envolve a produção do chamado diesel R5, que contém 5% de conteúdo renovável (por meio do óleo de soja) na composição final do diesel fóssil. Hoje, a capacidade de produção é de 5 milhões de litros por dia na Repar, em Auracária (PR).
A meta é dobrar a produção até o fim do ano com a inauguração da unidade de coprocessamento em Cubatão. Há planos de investimentos similares em Reduc (RJ), Replan (SP), Regap (MG) além da própria Rnest. A produção pode chegar a 21 milhões de litros diários entre 2025 e 2026.
Fonte: O GLOBO