
Todos sabemos que quando vêm as chuvas, nenhum governante tem controle sobre elas, porém cabe a ele ou a ela executar políticas públicas preventivas para que os danos causados pelas fortes chuvas sejam os menores possíveis, isso é bem básico.
Mas o que assistimos quando as chuvas chegam são as mesmas destruições, os mesmos alagamentos, as barreiras caindo sem nenhuma ação do poder público para tentar minimizar o caos. As pessoas continuam perder seus pertences e quando mais grave e mais importante suas vidas, enquanto os governantes se “trancam” em salas confortáveis, batizam essa sala geralmente de comitê de alguma coisa de emergência e de lá, fora de qualquer risco, ficam dando suas ordens, assistindo pela TV várias situações que não deveriam estar acontecendo se o mesmo tivesse tomado medidas preventivas.
Assistimos muito isso, de depois que as chuvas chegam algumas prefeituras “correm” para colocar lonas e tentam “maquiar” situações graves e fazem dessa ação publicidade para divulgar nas redes sociais oficiais da prefeitura ou particular do prefeito, ou da prefeita, como se tivessem fazendo uma obra gigante, como se o povo fosse ignorante em não saber sobre o que realmente está acontecendo.
Por que, em nome de Deus, esses governantes não fazem uma força tarefa Estado e municípios, estudando todas as áreas de risco, pontos de alagamentos e barreiras e executar políticas públicas eficientes e definitivas para resolverem essas questões? Aliás, com apoio do Governo Federal também.
Por que tem que esperar que ocorra uma tragédia para tomarem providências? Ir para televisão dizer que lamenta a morte de alguém devido às chuvas, onde se comprova o ignorar do poder público não traz um pai ou uma mãe de família de volta aos braços dos seus.
Tomamos como exemplo a cidade do Cabo de Santo Agostinho, onde os opositores da gestão atual do Keko do Armazém e a população em geral liga para as rádios locais informando os pontos de lixo não recolhidos, obstruções de canais, e o governo por um orgulho politico, simplesmente ignora o clamor do povo. Sendo o Cabo, cidade que gira em torno de quarta ou quinta economia de Pernambuco deveria criar caminhos preventivos e de soluções de questões relacionados à chuva, assim como Jaboatão, Ipojuca, Recife e outras cidades com alagamentos de décadas passadas e essas questões sequer são pautadas em reuniões.
A Região Metropolitana do Grande Recife tem um histórico muito ruim, onde se deveria criar um comitê metropolitano para resolver ou no mínimo minimizar os problemas trazidos pelas chuvas, se esse comitê existe desconhece, se existe não funciona. A resposta para todas essas situações de transtorno que as fortes chuvas trazem é a prevenção, isso todo mundo sabe, mas por que não faz? Que mistério é esse? É porque não é período eleitoral? Quem ganha com as tragédias das chuvas? E ganha o que?
O que falta é respeito ao povo, e o que mais tem é um gigante desinteresse de querer resolver e por isso o povo continuará perdendo suas “coisas” nas chuvas, e os governantes vão continuar “tampando sol com peneira” e depois vai usar a tragédia das pessoas para fazer fotos e vídeos para postarem em suas redes sociais.
Por: Carllos Nascimento