
Imaginemos a seguinte história real: um trabalhador ou trabalhadora que acorda nas madrugadas frias de Pernambuco para “pegar” ônibus lotado e de péssimas condições, depois corre, e corre mesmo, para tentar conseguir uma vaga no vagão de metrô mega lotado, além de andar quilômetros para chegar no seu local de trabalho. Mas esse trabalhador ou trabalhadora é uma pessoa honesta, não “fura” fila, ajuda as pessoas, e em seu ambiente é uma pessoa maravilhosa, exemplar e cuida muito bem dos seus em sua casa, isso ocorre o ano inteiro, é um admirável trabalhador ou trabalhadora, um exemplo de funcionário.
Durante quase quatro anos esse trabalhador ou trabalhadora realiza essa rotina, mas tem um dia em meio a esses anos desse personagem da vida real que toda sua honestidade é colocada em xeque, o dia das eleições. E nos deixa uma pergunta importante: como um cidadão passa quase quatro anos sendo um exemplo de pessoa e em um único dia, usando uma linguagem popular, devido a “50 ou 100 conto”, tudo que ele fez durante todo esse tempo é facilmente comprado? É esse o valor do voto de um trabalhador?
Você trabalhou quase quatro anos antes das eleições, e num único dia, num único momento tudo se desfaz?
Aqui faço uma proposta a você trabalhador: durante quase quatro anos trabalhando junte “50 ou 100 conto” para o dia da eleição e vote por amor a sua cidade e pelo futuro de seus filhos e netos, é disso que estamos falando, pois essa esmola que você pode pegar em um dia de eleição pode está colocando o futuro de sua futura geração no lixo. Principalmente quando acaba elegendo um governo municipal desastroso, que não oferece políticas públicas para o bem coletivo. Quando você recebe para votar em alguém, automaticamente seu direito de protesto está sendo retirado, é nulo, afinal que sentido faz alguém te pagar para votar nele ou nela e você protestar contra o desgoverno dessa pessoa, e lá no meio da multidão o “fulano” diz: Ei! Paguei seu voto, você não tem que está aí! Será que não é possível em quatro anos de trabalho você não conseguir juntar esse valor especificamente para o dia das eleições?
O voto do trabalhador não tem preço, quem precifica são algumas pessoas no dia da eleição, mas decerto, o preço de um voto comprado de um trabalhador é risco que tem de eleger um governo que não fornece remédio para a população, uma péssima educação, e isso inclui sua mãe, pai, irmão, irmã, amigos e você, porque, na prática, você nem deveria ir a um atendimento público, não concorda? Afinal, alguém já te pagou ou comprou sua opinião de uma cidade melhor ou não, e você aceitou receber sem se quer pensar no bem coletivo, ou mesmo nos seus; por isso, volta a pergunta: quanto vale o voto de um trabalhador?
Breve, ano que vem, 2024, teremos eleições novamente, ainda dá tempo para você trabalhador juntar o valor proposto para o dia da eleição, votar em quem você entende que é melhor para administrar a cidade que você vive, que seja bom ao coletivo, inclusive sua família. Alguém que ame a sua cidade e conheça a dor do seu povo, e quando alguém vier te oferecer “50 ou 100 conto” você dizer; não obrigado, já tenho!
O voto do trabalhador vale saúde, educação, segurança, é voto de ouro, de futuro, é voto de desenvolvimento, qualificação profissional, é voto de quem ama e cuida da cidade que mora, é voto que não se deveria comprar e sim conquistar com propostas verdadeiras e executáveis.
Por: Carllos Nascimento