
O prefeito de Paulista, Severino Ramos de Santana, deu início ao seu mandato com uma medida polêmica que afeta diretamente os servidores municipais. Por meio da Portaria nº 082/2025, publicada no Diário Oficial dos Municípios de Pernambuco no dia 29 de janeiro, o gestor extinguiu as funções gratificadas sobre a remuneração dos servidores efetivos. O mais impactante é que a decisão tem efeito retroativo a 2 de janeiro de 2025, surpreendendo trabalhadores que já haviam contabilizado esses valores em seus vencimentos.
Segundo a administração municipal, a medida faz parte de um plano de reestruturação da Prefeitura e busca um reordenamento financeiro. No entanto, a decisão levanta sérias dúvidas sobre o impacto na qualidade dos serviços prestados à população e na motivação dos servidores. Os cortes recaem sobre os trabalhadores, sem que haja uma indicação clara de reduções em outras despesas da máquina pública.
A portaria também gerou uma onda de insatisfação entre os servidores, que se sentem desvalorizados e inseguros em relação ao futuro. Muitos profissionais contavam com essas gratificações para complementar suas rendas e agora precisam reorganizar suas finanças de forma abrupta. Além disso, a retroatividade da decisão levanta questionamentos jurídicos, podendo abrir precedentes para a judicialização do caso.
Representantes de sindicatos já se mobilizam para discutir as implicações da medida e avaliar possíveis ações em defesa dos trabalhadores. Enquanto isso, a Prefeitura de Paulista inicia 2025 sob forte tensão com o funcionalismo, que aguarda respostas e alternativas para minimizar os impactos da decisão. A questão promete esquentar os debates entre servidores, oposição e sociedade civil, que cobram do prefeito um posicionamento mais equilibrado na gestão das contas públicas.