
O Recife vai receber um seminário voltado a empresas de todos os segmentos sobre como exportar para países árabes.
Iniciativa da Câmara de Comércio Árabe-Brasileira e da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Recife, o evento ocorre no dia 5 de junho, quinta, na sede da FIEP (Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco), às 9 horas.
Na programação, especialistas vão detalhar as oportunidades existentes na região, com a qual o Brasil mantém um comércio estimado em US$ 33,87 bilhões nas duas vias e que vem crescendo, segundo a Câmara Árabe.
No ano passado, as exportações do Brasil aos 22 países árabes do norte africano e do Oriente Médio avançaram 22,44%, totalizando US$ 23,68 bilhões. Isso num cenário em que as vendas externas brasileiras no geral registraram recuo de 0,78%, para US$ 337,04 bilhões, segundo dados do governo federal.
“O resultado chama atenção por comprovar a resiliência dos mercados árabes, especialmente num ano em que as exportações do Brasil para o mundo praticamente repetiram o desempenho de 2023”, pontua Mohamad Mourad, secretário-geral da Câmara Árabe. “O mercado árabe deve, portanto, estar nas prioridades das empresas interessadas em internacionalizar operações”, defende.
De acordo com o dirigente, as principais oportunidades na região estão relacionadas às categorias do agronegócio, de alimentos e bebidas, que compõem 75% do total de exportações para a região, embora haja oportunidades em outros setores.
Uma das estratégias usadas pela entidade para viabilizar essas oportunidades é a organização de missões à região, principalmente a feiras, como a mostra de alimentos e bebidas Gulfood e a construtiva Big 5, ambas realizadas em Dubai.
A entidade também traz importadores para participar de rodadas de negócios com empresas brasileiras. “Nessas ocasiões, a interação direta entre empresários resulta muitas vezes em negócios fechados ou ao menos bem encaminhados”, diz Mourad.
A entidade também mantém um projeto específico para o setor de alimentos chamado Halal do Brasil, que busca estimular empresas a explorar segmentos de valor agregado com produtos certificados, nos quais o Brasil está pouco presente.
“Os empresários que decidirem fazer incursões nos mercados árabes encontrarão todo o apoio de que precisam para serem bem-sucedidos”, reforça Mourad.