Divulgado nesta quarta-feira (7) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do Grande Recife chegou a 0,41% em maio, o terceiro maior percentual entre as 16 localidades pesquisadas, superado apenas pelas regiões metropolitanas de Fortaleza (0,56%) e de Belo Horizonte (0,48%). No Brasil, o índice ficou em 0,23%.
Na RMR, o indicador foi pressionado pelos aumentos na taxa de água e esgoto e na energia elétrica ao longo do mês. Apesar do aumento em maio, no acumulado do ano, a Região Metropolitana do Recife teve o segundo resultado mais baixo do país, com 2,23%. No Brasil, foi de 2,95%.
Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados pelo IPCA no mês passado, foram registradas quedas nos setores de transportes (-1,53%) e artigos de residência (-0,22%). “As principais influências que levaram a essa queda nos transportes foi a redução de 18,25% nas passagens aéreas, de 5,97% no óleo diesel e de 3,88% na gasolina”, apontou a gerente de planejamento e gestão administrativa do IBGE em Pernambuco, Fernanda Estelita.
Por outro lado, a maior alta ocorreu na categoria habitação, com alta de 2,77% entre abril e maio, puxada principalmente pelos reajustes de 10,79% nas taxas de água e esgoto e de 5,18% na energia elétrica. Em seguida, estão despesas pessoais (1,08%), saúde e cuidados pessoais (1,05%), comunicação (0,76%), vestuário (0,29%), alimentação e bebidas (0,18%) e educação (0,09%).
Em maio, os cinco produtos ou serviços com aumento mais expressivo no IPCA foram o melão (25,23%), o coentro (12,94%), a banana-da-terra (12,72%), os jogos de azar (12,18%), que ajudaram a aumentar a inflação no grupo de Despesas Pessoais, e a taxa de água e esgoto (10,79%). Já os itens com maior redução de preço em maio foram as passagens aéreas (-18,25%), a batata-inglesa (-16,11%), a cebola (-9,88%), o abacaxi (-7,13%) e a cenoura (-6,81%).