O líder do PSB na Câmara Municipal do Recife, vereador Rinaldo Junior, rebateu a denúncia feita pelo líder da Oposição, vereador Alcides Cardoso (PL), de que tatuagens feitas no período do Carnaval, sobre o prefeito João Campos, representam crime eleitoral. “A denúncia é preocupante porque não dá para um legislador subir a esta tribuna e ler uma matéria publicada num jornal e não se debruçar na investigação do fato que essa matéria apresenta. O vereador que me antecedeu veio aqui e se propôs a fazer a denúncia, ou melhor, o linchamento público de um político, sem antes apurar o que de fato aconteceu”, disse, na reunião plenária realizada pela Câmara Municipal do Recife, na manhã desta terça-feira (16).
Rinaldo Junior afirmou que “a Prefeitura do Recife não pagou por nenhuma tatuagem feita durante o carnaval, nem nenhum servidor ou pessoa ligada ao poder municipal. Isso, o vereador jamais conseguirá provar”, afirmou. Ele referia-se ao fato de que o vereador Alcides Cardoso leu uma nota publicada na coluna do jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo (Rio), dizendo que milhares de tatuagens foram distribuídas no Recife gratuitamente, de maneira apócrifa, e de origem incerta. As tatuagens estampavam o rosto de João Campos junto a dizeres como Meu prefeito é massa e Meu prefeito nevou. Segundo denúncia de Alcides Cardoso, o material fazia parte de marketing político, uma vez que João Campos tentará a reeleição em outubro.
O vereador Rinaldo Junior contestou a denúncia porque Alcides Cardoso sublinhou que a distribuição de brindes é vedada pela legislação eleitoral e que o prefeito teria incorrido em crimes de abuso de poder econômico e de antecipação de campanha eleitoral. “Em seu discurso, o vereador citou notas fiscais que cumulam uma despesa de R$ 100 mil, pelas despesas com as tatuagens feitas numa fábrica que fica em São Paulo. Mas, pela Lei Geral de Proteção de Dados, a empresa não forneceu as notas fiscais ainda. Além disso, essa gráfica a que o vereador de Oposição se refere realiza serviços gráficos para o Governo do Estado”, disse Rinaldo Junior. Ele acrescentou que as notas fiscais que acusam o valor das tatuagens, mas que não foram citadas pelo líder da Oposição, são duas que têm os números 0000076901 e 00000282302, totalizando um valor de R$ 40 mil. “Ainda bem que o líder da Oposição vai fazer o certo, que é procurar o Ministério Público de Contas, do Tribunal Eleitoral porque, se tiver algo errado, disciplina”.