O líder do PSB na Assembleia Legislativa (Alepe), deputado Sileno Guedes, lamentou, nesta quarta (21), a queda de Pernambuco no ranking de competitividade do Centro de Liderança Pública (CLP). Com três pontos negativos entre 2023 e 2024, o estado teve o maior tombo do país, passando da 16ª para a 19ª colocação entre as 27 unidades federativas. Para Sileno, esse resultado é uma demonstração de que a decisão da governadora de Raquel Lyra (PSDB) de aumentar a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), no fim do ano passado, já tem apresentado impactos negativos para a economia do estado.
“O atual governo vende a ideia de que encontrou uma terra arrasada, mas, em 2023, Pernambuco ficou praticamente estável na edição daquele ano do levantamento, ainda refletindo esforços da gestão anterior. Já o ranking divulgado agora em 2024 é um retrato inteiro desses primeiros meses de gestão de Raquel Lyra e Priscila Krause, e o que a gente vê são evidências de um governo que gosta de muita conversa mole na propaganda, mas fez o estado ter a segunda maior alíquota do ICMS do Brasil, arrecadou muito e entregou pouco às pessoas. Na época, alertamos que isso geraria perda de competitividade”, disse o deputado.
Sileno fez o comparativo com a situação do Espírito Santo, governado por Renato Casagrande, do PSB. No fim do ano passado, após a aprovação da Reforma Tributária pelo Congresso Nacional, a gestão capixaba baixou a alíquota do ICMS para 17% e agora colhe os frutos: foi o estado que mais cresceu no ranking (+4 pontos), passando a ser o sexto mais competitivo do Brasil. “No fim da gestão do PSB, Pernambuco tinha lei definindo a redução do ICMS para 17% em 2024, mas a governadora preferiu o caminho inverso e elevou a alíquota para 20,5%. Agora, a fatura da perda de competitividade começa a chegar”, avaliou Sileno.
O deputado ressaltou ainda que, segundo o levantamento, a posição de Pernambuco foi puxada para baixo por conta de pioras em indicadores como capital humano, potencial de mercado e segurança pública. “Curiosamente, a pesquisa diz que houve melhora em eficiência da máquina pública, que é um indicador muito voltado a finanças. É justamente o que temos denunciado: não adianta dizer que economizou e arrecadou mais à base de um ICMS altíssimo se os problemas na saúde, educação e segurança se agravam e se o estado perde competitividade e potencial de mercado, algo que agora aparece comprovado em números”, afirmou.