O Harzabd, de bandeira de Singapura, está atracada no Píer de Granéis Líquidos 3B, para descarga de 52.200 toneladas de GLP
Está atracado no Porto de Suape uma embarcação da maior classe de navios gaseiros em operação no mundo. Trata-se do Harzand, de fabricação chinesa, com 230 metros de comprimento e 36,6 metros de largura, que se encontra no Píer de Granéis Líquidos 3B para descarregar 52.200 toneladas de gás liquefeito de petróleo (GLP), a fim de abastecer o mercado regional. A previsão para desatracação é nesta terça-feira (4) à noite, seguindo com destino a Houston (Texas), nos Estados Unidos.
O navio, de bandeira da Singapura, tem capacidade de carga de 93 mil metros cúbicos. O Harzand fez sua viagem inaugural em abril deste ano e foi construído pelo maior estaleiro naval do mundo, o China State Shipbuilding Corporation (CSSC), sob encomenda da Petredec Global, com sede em Singapura. A embarcação faz parte do projeto de quarta geração naval da empresa chinesa, para melhoria da eficiência de combustível com maior capacidade de cargas. É movido a gás e a bicombustível.
“Receber navios desse tipo faz com que Suape se destaque, cada vez mais, no mercado internacional. A movimentação do GLP, o gás de cozinha, também é responsável pelo crescimento do volume de cargas transportadas pelo atracadouro pernambucano, que cresce exponencialmente. Esperamos receber embarcações desse porte mais vezes”, afirma o diretor-presidente da estatal, Marcio Guiot.
EFICIÊNCIA
GLP é um granel líquido, tipo de carga que o Porto de Suape é líder nacional de movimentação. Em 2022, o setor movimentou 17,8 milhões de toneladas, o que correspondeu a 72,1% dos 24,7 milhões de toneladas de carga registradas em Suape. “A estatal é responsável pelo abastecimento de gás de cozinha para a região Nordeste. Nos destacamos pela segurança das operações portuárias, por oferecer profissionais qualificados e pela capacidade de armazenamento”, ressalta o diretor de Desenvolvimento e Gestão Portuária, Nilson Monteiro.
A transferência de cargas de um navio para outro chama-se ship-to-ship e acontece por meio de uma embarcação estacionária no atracadouro pernambucano chamado cisterna, de nome Sinndar. A operação ainda está sob responsabilidade da Transpetro, subsidiária da Petrobras.