
A Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste recebeu hoje (7) a visita do chefe do Escritório de Representação do Ministério das Relações Exteriores na Região Nordeste, Lineu de Paula. Na ocasião, o gestor formalizou, junto à Sudene, a instalação de um escritório da pasta nas instalações do empresarial que sedia a Superintendência. A proximidade também incentivou o estreitamento da colaboração entre as instituições, que deverão atuar pelo fortalecimento das exportações da região.
Para o superintendente da Sudene, Danilo Cabral, a cooperação com o Ministério das Relações Exteriores terá um impacto positivo na economia do Nordeste. “A parceria com o Itamaraty trará ferramentas importantes para situar o Nordeste como o importante núcleo de exportação que ele vem se tornando e certamente ajudará a melhorar ainda mais a relação com os seus parceiros comerciais, podendo assim atingir todo seu potencial econômico”, avaliou o superintendente.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), “as exportações brasileiras tiveram o melhor desempenho dos últimos tempos, mesmo em um cenário internacional adverso (queda nos preços das commodities e instabilidades climáticas)”. As vendas brasileiras ao exterior alcançaram o valor recorde de US$ 339,6 bilhões e o País alcançou um saldo comercial de 98,8 bilhões de dólares, proveniente de importações no valor de US$ 240,8 bilhões.
A parceria surge no sentido de aproveitar o bom momento da economia nordestina, que entre os anos de 2013 e 2023 alcançou um crescimento de quase 60% no volume de exportações. A balança comercial passou de R$ 16 bilhões de dólares em 2013 para cerca de R$ 25 bilhões de dólares em 2023. Os dados são do boletim temático de comércio exterior, produzido pela Sudene, que avaliou a atividade econômica entre 2013 e 2023.
Retomada
Ainda de acordo com o levantamento realizado pela Sudene, o déficit da balança comercial da Região era de quase R$ 10 bilhões de dólares em 2013, passando para menos de US$ 2 bilhões dez anos depois, uma redução de 80% do valor. Nesta nova fase, a economia nordestina tem como desafio a diversificação de suas matrizes de exportação. A soja ainda é o principal componente de exportação da região e, em 2023, representou 23,4% das vendas. Já o petróleo vem logo depois, com uma participação de 13%, o que significa em valores reais cerca de 3,2 bilhões de dólares.
Os principais exportadores do Nordeste são o estado da Bahia, que corresponde a 44% das exportações da Região, tendo o petróleo e a soja como principais produtos; Maranhão, que exportou 22% do total regional tendo como principal produto a soja; e Piauí, onde a soja também foi protagonista. Os três estados estão inseridos na Matopiba – região considerada uma grande fronteira agrícola nacional.
Em relação aos países de destino das exportações nordestinas no período avaliado, os dez principais parceiros comerciais foram China, Estados Unidos, Singapura, Canadá, Países Baixos (Holanda), Argentina, Espanha, Alemanha, México e França.