A vereadora Missionária Michele Collins (PP) expressou sua decepção nesta quarta-feira (18), na Câmara Municipal do Recife, após uma manobra regimental inviabilizar a votação do projeto de lei que criaria o Dia Municipal do Nascituro que contou com a assinatura do líder do governo, vereador Samuel Salazar (MDB). Mostrando o apoio do executivo municipal em pautas abortistas.
A proposta, de autoria da parlamentar, visa instituir uma data dedicada à defesa da vida desde a concepção. No entanto, um substitutivo de uma vereadora do PCdoB, articulado com o PT e o PSOL, levou o projeto de Michele Collins a retornar às comissões, impedindo seu avanço no plenário, o projeto já havia sido aprovado em 1ª discussão e na segunda houve essa manobra. “ Em 2020, João Campos declarou que não era a favor do aborto, mas a atitude da sua base na Câmara, mostra que ele flerta com pautas abortistas”, disse Collins.
“Foi decepcionante perceber que a base governista, orientada pela assinatura do líder do governo, articulou contra um projeto cujo objetivo é valorizar a vida e proteger o nascituro. Quando o líder do governo age assim, é natural que outros vereadores da base sigam a mesma orientação, mesmo que discordem em suas convicções pessoais“, afirmou Michele Collins.
A parlamentar declarou que sua proposta não é apenas uma questão de fé, mas uma iniciativa para conscientizar a sociedade sobre a importância da vida desde a concepção. Segundo ela, a interferência do governo municipal, ao qual atribui responsabilidade pela ação articulada, demonstra uma postura que contraria os valores da maioria dos recifenses.
A vereadora reafirmou seu compromisso com a luta pela vida e informou que buscará meios para o projeto voltar à pauta em breve. “Eles dizem que foi uma derrota, pelo contrário. Não vamos desistir dessa luta, pois ela é maior do que qualquer manobra ou articulação política. Estamos falando de proteger a vida, algo que não deveria ser objeto de disputa ideológica”, concluiu.
O projeto que institui o Dia Municipal do Nascituro continua em tramitação nas comissões da Câmara e deve retornar ao plenário para apreciação em data futura.