
Sob articulação do presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco, deputado Álvaro Porto, a casa aprovou, nesta segunda-feira (09.06), o reajuste de 6,27% do valor do piso salarial do professor da rede pública estadual de ensino. Após reunião promovida pela presidência da Alepe com professores e direção do sindicato da categoria (Sintepe), no auditório Sérgio Guerra, pela manhã, o texto voltou ao plenário e foi aprovado por 31 dos deputados presentes. Foram seis votos acima do quórum mínimo (25) exigido para a votação.
O reajuste havia sido colocado em pauta por duas vezes na semana passada, mas não foi votado porque o Palácio do Campo das Princesas determinou aos aliados que esvaziassem o plenário. Desta vez, pressionados pelos resultados da reunião da manhã, governistas marcaram presença, assegurando o quórum.
Nos bastidores, correu a notícia de que o governo tentaria esvaziar o plenário mais uma vez. Porém, quando o quórum mínimo foi alcançado – e comemorado com aplausos e palavras de ordem por professores que lotavam as galerias da Alepe – a deputada Débora Almeida, que mantinha-se na sessão para “fiscalizar” o placar de presenças, avisou à líder do governo, deputada Socorro Pimentel, para chamar a bancada.
De acordo com Álvaro Porto, desde a chegada do projeto, a Casa se colocou à disposição dos professores. “Tratamos de agilizar a tramitação nas comissões e colocamos na ordem do dia ainda na semana passada. Diante das ausências e da tentativa de colocar a categoria contra a Assembléia, decidimos chamar os professores e o Sintepe para explicar o que vinha ocorrendo e mostrar que o esvaziamento do plenário promovido pelo governo, era o que estava impedindo a aprovação”, disse.
Segundo Porto, a casa jamais teve interesse ou fez algum movimento para atrasar ou deixar de votar o projeto. “Esclarecemos o que está se passando. As divergências da Alepe com alguns pontos de projetos do Executivo têm a ver com a não disponibilização, por parte do governo, de informações solicitadas por parlamentares. Mas o Palácio resolveu criar a narrativa de que Assembleia era a culpada pela não votação do projeto do reajuste. Claramente quis jogar os professores contra a Alepe. Mas a coisas foram esclarecidas, o projeto está aprovado e a verdade restabelecida”, afirmou.
Após a aprovação, Porto reiterou o que disse pela manhã durante o encontro com os professores. “Esta casa não abre mão da sua autonomia e nem aceita ser desrespeitada. Sempre trabalhamos com transparência e com a verdade”, disse.