O que faz um vereador(a)?
Elaborar as leis municipais e fiscalizar a atuação do Executivo, ou seja, o prefeito. São os vereadores que propõem, discutem e aprovam as leis a serem aplicadas no município.
Mas, na cidade do Cabo de Santo Agostinho, poderia se acrescentar a esse conceito as palavras em pergunta: ingratidão? “Dois pesos e duas medidas”? E tirar o texto fiscalizar a atuação do poder Executivo. Tomo essa cidade como exemplo mais uma vez, por ter hoje situações que chamam a atenção da Região Metropolitana no âmbito político de Pernambuco, e que pode servir de exemplo para outras cidades.
Vamos tentar entender?
Sempre é bom nos colocar no lugar do outro para tentar entender situações estranhas.
Imagine você passar a vida toda ajudando pessoas a crescerem politicamente, economicamente, estruturalmente, alguns casos empresarialmente e até resolvendo situações pessoais delicadas e no “minuto” que você precisa dessas pessoas elas simplesmente viram as costas. Creio que cada leitor já deve ter passado algo semelhante, pois bem, no Cabo de Santo Agostinho um movimento “estranho” ocorreu e ainda ocorre na política.
O hoje Deputado Estadual, Lula Cabral, vem amargando a bom tempo essa sensação de ingratidão política por parte da Câmara de Vereadores Cabo. Haja vista, boa parte dos vereadores que lá estão foram projetos políticos bem-sucedidos do deputado Estadual, onde o mesmo sofre, desde as eleições municipais passadas, uma nítida perseguição política por parte dos parlamentares da Casa Vicente Mendes e do seu opositor político, Keko do Armazém. Vale deixar claro aqui, que a Câmara de Vereadores tem o papel de julgar imparcialmente, ou seja, sem lados, independentemente de quem ajudou ao vereador a estar lá.
Repare, Lula Cabral foi julgado por esta Câmara, e suas contas foram reprovadas, mesmo o Tribunal de Contas de Pernambuco recomendando aprovação. Contas de quando o mesmo estava prefeito da cidade, neste período do julgamento se passou “por cima” de outro julgamento, o das contas do antes prefeito Vado da Farmácia (mais um projeto político bem-sucedido do Sr. Lula Cabral), exercício financeiro de 2015 que o Tribunal de Contas recomendava reprovação. Temos aqui uma “sai justa” para a Câmara tentar resolver ou responder ao povo do Cabo: Reprovamos o que era para aprovar (Lula Cabral) e agora vamos aprovar o que é para reprovar (Vado da Farmácia)?
Vale lembrar que Vado da Farmácia é hoje aliado político do prefeito Keko do Armazém, e foi mais que se juntou ao consórcio que elegeu o hoje prefeito da cidade. E o povo do Cabo hoje se pergunta: E agora, Câmara de Vereadores?
Bem, na pressa de tentar deixar de fora da disputa política Lula Cabral nas eleições passadas, e não terem conseguido, tanto que hoje, Lula Cabral está Deputado Estadual. Agora chegou a conta e a Câmara de Vereadores do Cabo precisa dá uma explicação bem robusta, juridicamente falando, ao povo do Cabo, sobre sua decisão no julgamento das contas do ex prefeito Vado da Farmácia.
Bom, o povo do Cabo está esperando as cenas dos próximos capítulos dessa história e eu também, talvez seja mais uma coisa técnica para aprender sobre “dois pesos duas medidas”.
Por: Carllos Nascimento