A política é um campo muito dinâmico e sobre tudo democrático, precisamos está sempre atento a essas questões, mas o que tem de oportunistas e ingratos nesse ambiente é algo surreal.
Tem aqueles que estão em todos os lados e não estão em lado algum, apenas atrás de manter um cargo, outro já foi e voltou tantas vezes que até mesmo a própria POLÍTICA não acredita em mais nada do que ele diz ou faz, tem aquele que se utiliza de um cargo religioso para argumentar que não pode externar o lado político, mas isso até algum dos lados lhe dar um cargo ou uma “ajudinha”.
Enfim, são muitos personagens nesta área da política, mas sem dúvida alguma o pior é aquele que é ingrato. Muitos casos, aquele candidato que já esteve prefeito lhe deu uma oportunidade gigante e através dessa oportunidade essa pessoa construiu sua vida, mas na hora que o candidato mais precisa essa pessoa simplesmente vira as costas, sem o menor pudor e sem nenhuma vergonha e vai para o lado oposto.
Alguns políticos também são assim, exemplo do grupo chamado “os Gomes”, que antes não suportava o PT (Partido dos Trabalhadores), inclusive o filho do Elias Gomes quando esteve Deputado Federal, o Betinho Gomes, articulou e auxiliou a “derrubar” a presidenta Dilma Rousseff num processo de Impeachment que o PT chamou de golpe e agora como se nada disso tivesse acontecido, o PT, a qual foi o “golpeado”, filia com “abraços e beijos” o Elias Gomes e outros, que ontem eram os golpistas, diferentes mesmo são esses critérios do PT para filiar, e isso aconteceu em Jaboatão dos Guararapes, na cidade do Cabo, o mesmo PT faz parte de um governo que era bolsonarista, e como o Bolsonaro perdeu as eleições para Lula Presidente, a gestão deixou de ser bolsonarista, que hoje tem na sua vice prefeitura outro “Gomes”, que sempre foi contra o PT, hoje é filiado ao Partido dos Trabalhadores e “morre” de amores pela sigla, o que será tudo isso? Estratégia, oportunismo ou traição? Ou tudo junto e misturado?
Todas as articulações dentro do campo democrático são válidas. Porém, quando ultrapassa o mínimo da coerência e entra na área do simples oportunismo, e segue uma política de momento, onde o político vai para aquele lado que acha que tem chance de ganhar não pelo povo, mas pelo poder aquisitivo do partido “X” ou “Y”, o povo sempre fica de fora dessas questões não pode opinar sobre nada desse vai e vem dessas decisões nitidamente oportunistas.
Quando um candidato sai de um partido por razões técnicas, administrativas ou de incompatibilidade política é uma situação coerente, pois está saindo não por oportunismo, mas por divergir de questões que dão motivos de sua saída, mas o que estamos vendo é que o oportunismo tomou conta da política pernambucana de um jeito tão forte, que este mesmo oportunismo está mudando para algo natural.
Ainda falta uma boa estrada para as convenções, e tantas e tantas articulações vão acontecer, o ingrato procurará o candidato, o traidor vai procurar o traído, aperto de mãos, abraços apertados e demorados aos candidatos para tentar voltar as amizades antigas, só porque determinado candidato ou candidato está bem nas pesquisas, e como é só oportunismo, basta qualquer mudança no campo das pesquisas e essas mesmas pessoas já vão procurar o lado de lá, quem é vermelho procura o azul e ao contrário, e assim seguiremos até as últimas articulações possíveis, onde esgotadas todas as possibilidades de oportunismo, a liderança política se acalma um pouco, até a próxima oportunidade de voltar a ser o que sempre foi na política, um ou uma oportunista.
Olhos abertos candidatos, os oportunistas estão chegando, ou já chegaram e vocês nem perceberam.
Por: Carllos Nascimento
RAPIDINHAS
Nervos aflorados — O Congresso Nacional do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) realizado ontem (1º), em Brasília, foi marcado por agressões entre militantes. No fim das contas, a historiadora Paula Coradi foi escolhida para substituir Juliano Medeiros no comando da legenda. Ela integra o grupo do deputado Guilherme Boulos, pré-candidato a prefeito de São Paulo.
Insatisfação — No Cabo de Santo Agostinho, não tem um setor do funcionalismo público satisfeito com o prefeito Keko do Armazém, será muito difícil para o gestor emplacar outrem ou até mesmo uma tentativa de reeleição na cidade. Muitos já nem acreditam Keko vá tentar o jogo político em 2024 por conta de sua rejeição que ultrapassa 60% segundo pesquisas.