O modelo de segurança pública adotado na Colômbia ganhou destaque, nesta terça (19), no Plenário da Alepe. A deputada Débora Almeida (PSDB) relatou a experiência da comitiva parlamentar que foi conhecer de perto as políticas bem-sucedidas implementadas na capital Bogotá e em Medellín, a segunda maior cidade do país.
Na avaliação da deputada, o êxito colombiano baseia-se em uma política de estado que tem planejamento estratégico, participação popular e, principalmente, continuidade. “Nós vimos e comprovamos que se trata de uma política de estado com continuidade, que independe da bandeira partidária. Já passaram por lá governos de esquerda e de direita, mas as pessoas têm confiança no estado, e existe uma participação muito efetiva das pessoas”, explicou.
Além de Débora Almeida, fizeram parte da missão oficial os deputados, Coronel Alberto Feitosa (PL), Eriberto Filho (PSB), João Paulo (PT), e Lula Cabral (Solidariedade). Em apartes, os parlamentares analisaram os fatores que mudaram o perfil das cidades colombianas, associadas ao narcotráfico e aos altos índices de homicídios e classificadas entre as mais violentas do mundo na década de 1990. Para Feitosa, o enfrentamento ao crime organizado e aos cartéis do tráfico foram ações decisivas para que a Colômbia obtivesse a paz. “O que nós vimos não se sustenta apenas com políticas públicas, tem que ser uma coisa combinada entre políticas públicas e uma força policial capaz de manter a paz social”, argumentou.
Também em aparte, João Paulo enfatizou a qualidade dos serviços públicos ofertados à população, garantindo “o alto grau de satisfação e felicidade” dos habitantes das cidades colombianas. Eriberto Filho destacou o conceito de segurança cidadã presente nos equipamentos públicos, priorizando a convivência urbana.
Lula Cabral observou que o modelo colombiano demonstra que é possível implementar políticas públicas tendo como foco o respeito ao cidadão. Waldemar Borges (PSB) também comentou a missão oficial parlamentar. O deputado defendeu, além de uma política de estado, o “entrosamento” entre os Poderes, nas três esferas, para enfrentar a criminalidade.