O Índice de Consumo das Famílias (ICF) em Recife registrou uma leve alta em outubro de 2024, alcançando 102,6 pontos, segundo pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), com recorte local da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco (Fecomércio-PE). Esse aumento de 2% em relação ao mês anterior marca o retorno à zona otimista, ultrapassando a linha de 100 pontos e sinalizando uma recuperação moderada no consumo das famílias da capital pernambucana.
Entre os componentes do ICF, o destaque foi a perspectiva de consumo, que subiu 2,9%, indicando uma melhora nas expectativas das famílias para os próximos meses. O momento para aquisição de bens duráveis também apresentou alta significativa de 7,2%, reforçando o bom desempenho do segmento e evidenciando que os consumidores estão mais dispostos a realizar compras de maior valor, como eletrodomésticos e móveis.
De acordo com o presidente da Fecomércio-PE, Bernardo Peixoto, o aumento no ICF representa um avanço positivo. “O leve crescimento no índice de consumo mantém a constância de crescimento que acumula 7% desde julho. Contudo, o alto nível de desemprego e a recente elevação da taxa Selic impactam diretamente o poder de compra das famílias. Embora as expectativas de consumo estejam melhorando, a recuperação total ainda depende de uma melhora no mercado de trabalho e no acesso ao crédito”, afirmou Bernardo.
“Os dados de outubro mostram que, apesar das dificuldades econômicas, os consumidores estão mais confiantes para os próximos meses. A alta no indicador de bens duráveis demonstra que as famílias estão voltando a planejar compras de maior valor, influenciadas pela sazonalidade de final de ano, mas o cenário ainda exige parcimônia, especialmente devido ao impacto dos juros e do endividamento das famílias”, afirmou Rafael Lima, economista da Fecomércio-PE.
Fecomércio-PE – A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco (Fecomércio-PE) realiza mensalmente pesquisas conjunturais, sondagens de opinião em datas comemorativas voltadas ao comércio e estudos especiais, através do Instituto Fecomércio-PE, além de recortes locais das pesquisas da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) e dos índices do IBGE, por meio de sua Assessoria em Economia.
